tag:blogger.com,1999:blog-56894508415503753272024-03-21T03:26:46.971-03:00A Viela de Roda no BrasilAos brasileiros encantados pela viela e sua rodaRique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.comBlogger118125tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-70122691373300924232020-06-19T16:47:00.002-04:002020-06-26T20:41:27.722-04:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3SdKhqDBUjUnEt5zrUiOvFnYGcpOaKVUreq3FOq4D-OwaiSp6cNAhWf_bhJJLBHyvdjiX1qZW8WmGVsxuSOPZZ94t901zwPH2FamcL_QuaTYVEGWX77E7tT_1BJhFIJ1sSgz5TkhfCMQ/s1600/oficiallll.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3SdKhqDBUjUnEt5zrUiOvFnYGcpOaKVUreq3FOq4D-OwaiSp6cNAhWf_bhJJLBHyvdjiX1qZW8WmGVsxuSOPZZ94t901zwPH2FamcL_QuaTYVEGWX77E7tT_1BJhFIJ1sSgz5TkhfCMQ/s400/oficiallll.png" width="400" /></a></div>
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Amigos leitores, que tanto carrego perto de me coração:<br />
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Comecei esse blog para desaguar anos interessantíssimos que culminaram na realização de um sonho, que também era o início de uma estrada, estrada pela qual sempre rezei; para que fosse longa e próspera.<br />
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Tocar algo tão específico, amar coisas tão distantes - quase oníricas - é, muitas vezes, difícil. Conviver com pessoas tão diferentes de você o tempo todo pode ser muito cansativo, vocês provavelmente sabem, pois se passaram por aqui, tem pelo menos essa paixão em comum comigo; e essa paixão nos destaca (por vezes distancia) das pessoas que nos certam.<br />
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Essa estrada à qual me refiro não acabou, apenas fez uma curva e tomo um rumo inesperado para mim. E é com alegria que venho comunicar que meu canal no YouTube já foi ao ar e já está em seu terceiro vídeo. A ideia é que eu acompanhe os acontecimentos "vielísticos" por lá, uma vez que consigo atingir mais pessoas de forma mais dinâmica e com maior riqueza de informação.<br />
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Procurem, se inscrevam, curtam e aproveitem.<br />
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Eu não tenho palavras para agradecer a todos que desde o início estiveram aqui lendo, interagindo e valorizando esse cantinho tão precioso para mim. Foi aqui que ganhei confiança de tocar na rua, de subir num palco com meu instrumento e agora, finalmente, de ensinar o pouco que sei às pessoas interessadas na magia do hurdy-gurdy. Foi aqui que me senti completamente abraçado por pessoas que entendem meu amor, minha paixão e minha verdadeira devoção à música que vem dos movimentos circulares. Agradeço, agradeço e agradeço. Espero vê-los por lá. Não soltem minha mão. rs<br />
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LINK AQUI: <a href="https://www.youtube.com/riquemeirelles">https://www.youtube.com/riquemeirelles</a><br />
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TACA PLAY!Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-75759367451125069292020-03-25T09:46:00.000-04:002020-03-26T14:53:52.413-04:00Sérgio González no Brasil... Pra testar gurdies brasileiros.<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEBRiC564JFrutnWnaX_KfRNJdLklK5wqbQKs8LGePnkG0gHfydTZlhUuXeUYd1agwZgmB8v1r6iBhPIqG6htnX5J6GQ6yW18SoFWZFcPdq4OZ3u3aq3uz8Puqr9Ibb5T4z5l17puV1uA/s1600/c43eb356-cb6b-4329-b0b1-46ab82d3c813.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="579" data-original-width="918" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEBRiC564JFrutnWnaX_KfRNJdLklK5wqbQKs8LGePnkG0gHfydTZlhUuXeUYd1agwZgmB8v1r6iBhPIqG6htnX5J6GQ6yW18SoFWZFcPdq4OZ3u3aq3uz8Puqr9Ibb5T4z5l17puV1uA/s320/c43eb356-cb6b-4329-b0b1-46ab82d3c813.jpg" width="320" /></a></div>
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Há algum tempo eu fiz uns <a href="http://vielanobrasil.blogspot.com/2019/01/viagem-osasco-e-as-vielas-do-elz-guitar.html">posts </a>sobre o Eduardo Luz, luthier de guitarras de Osasco (SP) que tem construído vielas de roda cada vez mais visadas e elogiadas; e quando eu digo visadas eu me refiro ao alcance que seus vídeos tiveram na comunidade internacional do hurdy-gurdy, causando certo burburinho. Eu inclusive tive a oportunidade de retornar ao seu atelier para testar mais uns gurdies:<br />
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<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/K_lOdUWSpJE/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/K_lOdUWSpJE?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
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O sentimento sempre foi de orgulho (por eu fazer parte dessa história) e alegria com um misto de missão cumprida, uma vez finalmente estávamos começando a aparecer no mapa; e nosso país mais que oficialmente contando com alguém que possa construir esses instrumentos mágicos. Minha impressão na segunda visita ao Eduardo foi bem superior à primeira; e já dava pra sacar que os gurdies dele iam além - e foram mesmo!</div>
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A Elz Guitars e seus gurdies captaram os ouvidos (e os olhos) de um vielista específico, lá de Barcelona; Sérgio Gonzáles. Uma verdadeira celebridade no mundo dos gurdies e dos músicos de rua, Sérgio sempre me encantou por conta de seu espírito animado e seu talento, fora seus vários vídeos fugindo das duras que a polícia de Barcelona dá nos músicos de rua. Seu canal se chama <a href="https://www.youtube.com/channel/UCrmjK6fXlEVlvRFp5JLh0SA">Zanfoneando</a>, e lá você pode conferir tutorais, testes e muita originalidade.</div>
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Abaixo você confere o primeiro teste que ele fez nas vielas do Elz Guitars.</div>
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/SxOHWots33o/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/SxOHWots33o?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
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Parabéns ao Edu pelo trabalho internacionalmente conhecido; e para nós por estamos no mapa de luthiers de gurdies do mundo. =D</div>
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Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-38870435382668218922019-12-09T20:26:00.000-03:002020-03-17T20:29:29.263-03:00Tekerolants no Brasil <div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
É com algum atraso e muito orgulho que venho rapidamente aqui deixar o registro desse evento lindo que ocorreu em dezembro do ano passado aqui no RJ, em Rio das Ostras. Jhonny Almeida, Makely e Pablo. Uma pena eu ter perdido esse encontro maravilhoso. </div>
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Para quem não sabe, o Tekero é a versão húngara da viela de roda. E aqui no Brasil temos dois músicos que tocam este tipo de viela: Makely Ka e Jhonny Almeida, que nesse dia se juntaram ao Pablo Lerner para um encontro mais que especial.</div>
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/RdcPQQe6pYM/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/RdcPQQe6pYM?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-14941538245109987142019-06-30T22:06:00.000-04:002020-03-17T20:36:59.896-03:00Participação - Música Antiga da UFF<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVJR90TmBOh9v-IbaRhOICSf49BT6W5KHVyGdoOqxTTDwlGLnt0kb0966W8Nq88QMaDMu4Bb5Wn3JATpgvslzIqhuYyJy2KzfVpYXL-1YO1lmobc45B6gBoVpP6MeJLdadx0ZvaVO2jCc/s1600/A9C11C93-3DA5-4469-8E2D-576FC27C0D9A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVJR90TmBOh9v-IbaRhOICSf49BT6W5KHVyGdoOqxTTDwlGLnt0kb0966W8Nq88QMaDMu4Bb5Wn3JATpgvslzIqhuYyJy2KzfVpYXL-1YO1lmobc45B6gBoVpP6MeJLdadx0ZvaVO2jCc/s320/A9C11C93-3DA5-4469-8E2D-576FC27C0D9A.jpg" width="320" /></a></div>
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<span style="text-align: center;">Um dos grandes prazeres que tive em 2019 foi participar de alguns concertos com a galera do Música Antiga da UFF. Não consegui vídeos dos concertos, mas fica o pequeno registro aqui, junto à minha eterna gratidão. Dias especiais, e a honra de tocar com gente que eu admiro muito.</span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK2otOEKy1I5Im_ZjeDVHbhvAfQ_pOvKpeUpDxtpL65A6zjM_kBXIqxVItXCgXKqRORokFggSk55o3IYnw2X_vhf_Bz3_5V02u1PxL45V2eM4BdYDLjryyM6sOYbhuU6i2tKWIk3O3imw/s1600/IMG_4175.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="750" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK2otOEKy1I5Im_ZjeDVHbhvAfQ_pOvKpeUpDxtpL65A6zjM_kBXIqxVItXCgXKqRORokFggSk55o3IYnw2X_vhf_Bz3_5V02u1PxL45V2eM4BdYDLjryyM6sOYbhuU6i2tKWIk3O3imw/s400/IMG_4175.jpg" width="400" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP66HsI4XNt-S8Dj_Oaquk2z7ngmfCOyF-jMrACC-i_qAuCMdkmouEgoUj5bDQN5cGWeYZm9XJZsx91OTJOOS5wXgtw4q4KMcMph5oigmm8b71KlvEHp0u6sdgMyCVKVD4xHec6FiKxAU/s1600/IMG_20190630_105053065.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP66HsI4XNt-S8Dj_Oaquk2z7ngmfCOyF-jMrACC-i_qAuCMdkmouEgoUj5bDQN5cGWeYZm9XJZsx91OTJOOS5wXgtw4q4KMcMph5oigmm8b71KlvEHp0u6sdgMyCVKVD4xHec6FiKxAU/s400/IMG_20190630_105053065.jpg" width="400" /></a></div>
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<br />Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-65003260675197687042019-04-17T21:43:00.000-04:002019-07-30T21:59:35.273-04:00Mühlhausen Spielkurs pt. 2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoZ8mjMRY3GvvNtrajBUE6KgV_Xu7NKbLaklbLg237fDO-tiQyjJVJnLB6mrUbe6WpksfGkVx8w_OASr28SaTKC-y-m_yQ22QrsjlFUe_P-tXVfaqKdIiB-JhqW7DEmnUWh0oqDL8X_VY/s1600/IMG_2218.heic" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoZ8mjMRY3GvvNtrajBUE6KgV_Xu7NKbLaklbLg237fDO-tiQyjJVJnLB6mrUbe6WpksfGkVx8w_OASr28SaTKC-y-m_yQ22QrsjlFUe_P-tXVfaqKdIiB-JhqW7DEmnUWh0oqDL8X_VY/s320/IMG_2218.heic" width="240" /></a></div>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis32Ekph7qckxVLc5A-Ox6XvRC-_3adCcZtW3a_dMPfukib3tUlcXzxx2dUtQ4oJi7fpdzEsIFc4ur7dXv-49AaT0ZZQVEMtxcIy1dNO503vRTVc4pJ5oAluyo7N3Gvc-9qUuSodHQ8WY/s1600/73BB4A86-A00C-4DA5-8532-3B06B56F8C21.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="900" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis32Ekph7qckxVLc5A-Ox6XvRC-_3adCcZtW3a_dMPfukib3tUlcXzxx2dUtQ4oJi7fpdzEsIFc4ur7dXv-49AaT0ZZQVEMtxcIy1dNO503vRTVc4pJ5oAluyo7N3Gvc-9qUuSodHQ8WY/s320/73BB4A86-A00C-4DA5-8532-3B06B56F8C21.jpg" width="180" /></a><span style="text-align: justify;">Nas minhas andanças com a viela de roda, eu já consegui estudar com algumas das pessoas que mais admiro musicalmente (e além!) nessa vida. As aulas que fiz até hoje foram todas particulares, dentro de um tempo mais ou menos limitado. Desta vez, ao estudar com Gemán Diaz, eu estava cercado de colegas de diferentes partes do mundo. Que vibe. Até porque o conceito de masterclass/workshop sempre me amedrontou - o tal medo da exposição, de se mostrar vulnerável e aberto à críticas.</span><br />
<br />
<span style="text-align: justify;">O workshop com Germán, entretanto, foi um sucesso absoluto. Com um clima super descontraído, todos estavam realmente muito à vontade. Passamos por algumas peças galegas, uma medieval, uma barroca; entre outras coisas. E o trabalho em cima dos coups (obviamente remetente às peças trabalhadas) foi bem interessante; com escolhas muito relevantes e tocantes. Estou até hoje estudando alguns! Germán é um professor genial; e ter tanto para assimilar vai ser um trabalho enriquecedor e contínuo, vou levar tempo. </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRhuBK-8IZ6uXLCIwKuc43EEFsQ51e7qP9A3grqYpKunhMnyN9ru8XONnSuxE7sVGmXwgPoGXpFDkExTvlpFWFIK6Ds4QDJpNiLczXCH9SbUTljV-rez5LazXu6obllIPVSFyq85MSoBo/s1600/IMG_2299.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1172" data-original-width="1600" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRhuBK-8IZ6uXLCIwKuc43EEFsQ51e7qP9A3grqYpKunhMnyN9ru8XONnSuxE7sVGmXwgPoGXpFDkExTvlpFWFIK6Ds4QDJpNiLczXCH9SbUTljV-rez5LazXu6obllIPVSFyq85MSoBo/s320/IMG_2299.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Querida Fabi!</td></tr>
</tbody></table>
<br /><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFpvMVx6w4wHR-KlVbrBBw2LGlZw5InEml_MxoVe7r0QpjPULKOozS2MLZ4iWZxDimdNt8k7htkFKur8GzWN5VIY6L_2VdDtFYwS3qIgp-yAr7e5n-bk6Sxr9MoZTQcIXphhP1gnU_tSY/s1600/IMG_2274.heic" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1203" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFpvMVx6w4wHR-KlVbrBBw2LGlZw5InEml_MxoVe7r0QpjPULKOozS2MLZ4iWZxDimdNt8k7htkFKur8GzWN5VIY6L_2VdDtFYwS3qIgp-yAr7e5n-bk6Sxr9MoZTQcIXphhP1gnU_tSY/s320/IMG_2274.heic" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pablo. Verdadeiro ícone.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="text-align: justify;">Nossos dias em Mühlhausen eram assim: acordar, ir para a grande copa tomar café da manhã, partir para aula (onde ficávamos até o almoço, novamente na copa); depois tínhamos mais aula - pausa para um café - mais aula... Daí então jantávamos na grande copa novamente e <i>voilà</i>, rolava o Balfolk/Session.</span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">É importante explicar aqui o que é um balfolk: um baile de música folk/trad, com foco em danças grupais, basicamente. Eu sempre toquei algumas danças que soaram no grande salão por aqueles dias; mas ouvi-las ao vivo, vendo aquelas pessoas dançando foi um dos momentos mais mágicos da minha vida. Dancei um pouco, timidamente, mas estava mais ocupado gravando áudios de diferentes tunes, tentando assimilar tudo aquilo no meu coração.Eu era um ET aos olhos deles, e eles personagens de um livro ganhando vida diante dos meus olhos.</span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Nossa rotina seguiu assim até a última noite, quando cada turma apresentou uma peça com seu respectivo professor. Nossa peça galega não foi tão bem como queríamos - Germán pode ser bem ambicioso em seus arranjos haha - mas a experiência valeu à pena, pois absolutamente todos se divertiram. </span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTO4Cz2yd5bnmabW51UXaGKcdoXkmHX7FkK8HavvEwf8LmGP282eO1pAg2dicAiycpDtItxmzj_wVCGZKNnJhvo_QkoCPpRsbnzpcMYZobKug0Befeta7aIsUioVpoU8njHqhJPEPysfk/s1600/IMG_2297.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTO4Cz2yd5bnmabW51UXaGKcdoXkmHX7FkK8HavvEwf8LmGP282eO1pAg2dicAiycpDtItxmzj_wVCGZKNnJhvo_QkoCPpRsbnzpcMYZobKug0Befeta7aIsUioVpoU8njHqhJPEPysfk/s320/IMG_2297.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A turma.</td></tr>
</tbody></table>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
Logo após a nossa apresentação, que fechou a noite, rolou uma longa session regada à cerveja e chocolate (ái, Alemanha...) que pouco a pouco foi se esvaindo até sobrarmos eu, Pablo e Quentin, meus queridos roomies. O coração já apertava? Óbvio. Sem saber quando viveria dias assim novamente, eu só soube focar na felicidade de tudo aquilo; bem como no medo da ressaca da última manhã. Aliás, ao acordar, todos estavam claramente tristes. Havia uma magia entre os muros daquele prédio tão antigo. Algo que ficaria com a gente (ou pelo menos comigo) para sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdwxdORiVEebwXJF3kUUwP9nRTwXmlaogLpCMGAhMzUyuAMhnYfzkwG24ctqHhdtQDJwwDsRO51sLD5ZMAfbkOC0ZK4J74GnZOzUnMIFU5Nd-ukDxtPUUPAdnpsn5FpAaG4d0A7njO-c4/s1600/3BEFC619-5B4B-43A1-B143-4409C038C547.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1199" data-original-width="1600" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdwxdORiVEebwXJF3kUUwP9nRTwXmlaogLpCMGAhMzUyuAMhnYfzkwG24ctqHhdtQDJwwDsRO51sLD5ZMAfbkOC0ZK4J74GnZOzUnMIFU5Nd-ukDxtPUUPAdnpsn5FpAaG4d0A7njO-c4/s320/3BEFC619-5B4B-43A1-B143-4409C038C547.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Largos entrando no grande hall</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A última aula foi absolutamente triste. Tentamos tocar uma peça barroca (<i>not my cup of tea</i>), mas não tão legal. Logo pulamos para a parte em que tirávamos fotos e trocávamos contatos, histórias e abraços. Germán estava apenas na dele, respondendo atenciosamente, gravando pequenos trechos de coisas que precisamos estudar... Provavelmente já acostumado a lidar com turmas de gurdy players malucos. Mais um fim de semana de trabalho para. O fim de semana mais perfeito da minha vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que eu posso dizer é que valeu a pena. Sempre valeu, sempre vale e sempre vai valer, fazer essas minhas loucuras. Esse instrumento vale a pena, como qualquer outro. Talvez valha mais, se pensarmos que ele é mágico, né. =)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A música, amigos, quando toca a gente da melhor forma possível, faz isso: abre caminhos, nos traz pessoas, nos faz encarar nossos pontos fracos e, se os enfrentarmos, ela nos presenteia com magia pura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmNFuSJ-chYhwkIiGZaC1O_QtiKYaT9jbdZFVsz4dew6j_1U_-Bq79Dcgi7aVJDNbDAejB-0skpTmoRqb3aLEMje8AOODkIEJfvnLKw8QX-Lv0uejXTFR_LwSQA-qRnGuyfvC0k2hnDNg/s1600/7F8FD972-0496-455E-B13F-139BACCBDBEC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="921" data-original-width="1600" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmNFuSJ-chYhwkIiGZaC1O_QtiKYaT9jbdZFVsz4dew6j_1U_-Bq79Dcgi7aVJDNbDAejB-0skpTmoRqb3aLEMje8AOODkIEJfvnLKw8QX-Lv0uejXTFR_LwSQA-qRnGuyfvC0k2hnDNg/s320/7F8FD972-0496-455E-B13F-139BACCBDBEC.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Always in my heart.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-3858785167031236002019-04-16T21:30:00.000-04:002019-04-16T21:30:03.371-04:00Mühlhausen Spielkurs pt. 1<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKsuR5s0JLOh73aGhCcv3p4q1YpvgrHZu4GrkOneaOVFm9UePRfF8-WliPvSc8r5Fb_gUm9XjvxeHcmWoPYx9FSlbXqWoJp3I1mhyzu6nMpW5eEg20inJO_pH3GGe9S2855F-kFNl2oBs/s1600/Meandmuhl.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1280" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKsuR5s0JLOh73aGhCcv3p4q1YpvgrHZu4GrkOneaOVFm9UePRfF8-WliPvSc8r5Fb_gUm9XjvxeHcmWoPYx9FSlbXqWoJp3I1mhyzu6nMpW5eEg20inJO_pH3GGe9S2855F-kFNl2oBs/s400/Meandmuhl.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
A tune que estava tocando me soava familiar, sabe-se lá de onde ou quando. Me remetia à Bretanha, talvez. Soava como algo muito antigo. O cheiro era de cerveja e chocolate; e era tão forte que achei que meu cachecol precisaria ser lavado. Com a cabeça meio tonta de cerveja e o coração transbordando de música e alegria como jamais senti, levantei e fui até o palco me juntar aos músicos da <i>session</i>: uma gaita de foles alemã (<i>dudelsak</i>), uma nyckelharpa e outra viela de roda. A sensação era de que queria ficar ali, preso naqueles dias, para sempre. Nunca havia sentido isso. Por mais que eu reclame, eu sempre sinto falta do calor, das pessoas e dos cantos que tanto amo no Rio de Janeiro. <i>Como eu vim parar aqui, gente?</i> Foi um dos mantras daquela noite. O outro era: <i>yep, missing carnival as we speak.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dois dias antes eu estava andando por uma longa e fria rua de Berlim, sem internet, sem google maps e apenas com dois <i>prints</i> de celular com partes de mapas. Obviamente perdido. Obviamente me questionando se realmente valia à pena despencar para tão longe por algo que em teoria duraria tão pouco. Claramente sem ter noção do sonho que me esperava. <i>Vamos ser menos impulsivo, Rique?</i> Se informe melhor antes de se inscrever em coisas. Enfim, eu precisava chegar num instituto e encontrar Birgit; a moça que gentilmente (e virtualmente) aceitou me dar carona até Mühlhausen, coração da Alemanha, na região da Turíngia, para um workshop com Germán Díaz. Ela ia para integrar a turma de canto, com sua harpa para acompanhar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de estar perto do local, a dificuldade dos alemães para dar informações me atropelou; e depois de muita andança eu, meu instrumento e nossas mochilas chegamos ao ponto de encontro. Suado e com cara de quem havia chorado poucos momentos antes, apenas acenei e disse <i>hey!</i> ao ver uma mulher com seu case de violino, claramente esperando alguém.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOWYWFElPPR8tST4-_96MblojP67nolJ4ELFZ4cBFsFrwHDq9w-UOhRbtlyYiSGJp4yawBMtyG30vDf4U1jtxUn5T9dKBgHFtWdDaFWpuFBHDD87gYRmKNpEctNWGxU19EiS5vo9CYJFg/s1600/IMG_2095.HEIC" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOWYWFElPPR8tST4-_96MblojP67nolJ4ELFZ4cBFsFrwHDq9w-UOhRbtlyYiSGJp4yawBMtyG30vDf4U1jtxUn5T9dKBgHFtWdDaFWpuFBHDD87gYRmKNpEctNWGxU19EiS5vo9CYJFg/s320/IMG_2095.HEIC" width="240" /></a></div>
<br />
Cheguei 12:30 em ponto. Me orgulho da minha pontualidade, na real. Mesmo quando tudo está meio que dando errado, ela prevalece. Enfim, a moça em questão era Suzana, violinista folk com foco no repertório alemão, algo bem peculiar para mim, que sempre fiquei ali pelo violino irlandês, escocês e talvez bretão. Ela me recebeu com um caloroso sorriso, sem questionar quem eu era. Nosso papo começou ali e só terminou de verdade no dia em que eu estava voltando para a casa do meu amigo em Berlim. Literalmente paramos de falar apenas quando desci no meu ponto. Que pessoa linda. E a apresentação da turma dela foi maravilhosa, e o som dela é lindo demais. Suzana fez minha viagem até a região da Turíngia algo nada constrangedor, e não tivemos sequer UM momento de silêncio indesejado.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhppzESXHNYzJDAOSl33tcE53bV3KlZJMDYXvX0tV1r4rjJrTpzakb_hVEe9eRa_u8dUrHXCCR4vl0a7-we0eV6rDrO2b7q0wdyvN2u7T1P8yutiAkp9CAoj-i6CVixngO7NA-szlovB-0/s1600/IMG_2149.HEIC" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhppzESXHNYzJDAOSl33tcE53bV3KlZJMDYXvX0tV1r4rjJrTpzakb_hVEe9eRa_u8dUrHXCCR4vl0a7-we0eV6rDrO2b7q0wdyvN2u7T1P8yutiAkp9CAoj-i6CVixngO7NA-szlovB-0/s320/IMG_2149.HEIC" width="240" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Após mais ou menos três horas e meia dentro de um carro, a paisagem repleta de campos começou a se fechar e florestas começaram a tomar conta da nossa vista. Mühlhausen se revelou uma jóia charmosa a partir de suas casinhas, todas no estilo alemão; todas como se houvessem saído de uma fenda temporal. O workshop (<i>Spielkurs Mühlhausen</i>) ocorreria num dos prédios mais antigos da Alemanha, o AntoniQ; local onde o primeiro hospital da Alemanha existiu (havia sido uma igreja antes). Ao passar pelos portões e marcar presença na lista de chegada, reconheço um rosto que parece me reconhecer também: Fabi, a mocinha da viela roxa do Instagram, integrante de duas das bandas que sigo e curto (haha ai, Instagram! S2) estava bem ali. Depois de um sonoro <i>whatthefuck</i> e um abraço, era oficial: aqueles seriam dias positivamente difíceis de assimilar. <i>Epicness</i> confirmada. Fabi foi mexer com um vira-lata que entrou na vila, e eu tomei meu rumo, atordoado.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOW6M9Tv9vQUepcrDEJwxUhyphenhyphenQbAhwwEQPq-P1xK9pkevZTmjALhdILe0jz-yPQBno2USFLIG1NJSlBaGCnw-b1d3mBywmDjse7UBoMWelh5Xr8vST_n_aTJmYcjApzF5FodB56J31msqU/s1600/IMG_2120.HEIC" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOW6M9Tv9vQUepcrDEJwxUhyphenhyphenQbAhwwEQPq-P1xK9pkevZTmjALhdILe0jz-yPQBno2USFLIG1NJSlBaGCnw-b1d3mBywmDjse7UBoMWelh5Xr8vST_n_aTJmYcjApzF5FodB56J31msqU/s320/IMG_2120.HEIC" width="240" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Segui para meu quarto, onde troquei uma ideia com um senhor chamado Quentinn (que eu viria a descobrir que já era meu amigo no face haha), pessoa maravilhosa, acolhedora e com o MESMÍSSIMO gosto que eu para tunes e álbums. <i>Epicness</i> recafirmada. Poucos minutos depois, saio, pego a roupa de cama que será minha pelos próximos dias e volto para o quarto para ser surpreendido por Pablo, idealizador, compositor e vielista da Sangre de Muerdago, essa sim provavelmente uma das bandas que mais ouço quase todas as noites. Eu queria ter falado mil coisas ali naquela hora, mas apenas nos abraçamos e nosso primeiro dialogo foi sobre onde pegar os lençóis (!) para as beliches (!) do nosso quarto (!). Nem sei, viu. Muitos momentos legais por MINUTO naquele lugar.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de uma verdadeira surra de encontros especiais, peguei minha viela e parti para o salão principal para a abertura oficial do evento e apresentação dos professores. Nem havia segurado minha viela e estava bem claro pra mim: qualquer dinheiro que eu tivesse investido já teria valido à pena.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJlyg-RG63mehcD6LBfd1tzgQe19qggxnvBTi_KRGj5hh44V4mLyas1ZAMMswFMi7cIQRVUaYixteQhtcrHhs6obdrHJFVgohM-nen7vw0-3XQP16NTRnZVdRnkfnrIn9Cnikfg7HcqTk/s1600/IMG_2214.HEIC" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJlyg-RG63mehcD6LBfd1tzgQe19qggxnvBTi_KRGj5hh44V4mLyas1ZAMMswFMi7cIQRVUaYixteQhtcrHhs6obdrHJFVgohM-nen7vw0-3XQP16NTRnZVdRnkfnrIn9Cnikfg7HcqTk/s320/IMG_2214.HEIC" width="240" /></a></div>
<br /></div>
Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-3840975349272207622019-01-19T17:58:00.001-03:002019-01-19T18:00:41.617-03:00Viagem a Osasco e as Vielas do Elz Guitar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhdmxRWK_kHno6MnHID1Bml11znGFvpY9oP7stXCY52XkF_cB0clrqAdDRt3TtvzLMTdX6-57rn9ZFHhuiD-c7nQJyGbfOgGo8aUcLzZMmjd5rmxH-4oIOKJ5dTNWIgDyk9AXt__Adzvo/s1600/Eduluz1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="719" data-original-width="1280" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhdmxRWK_kHno6MnHID1Bml11znGFvpY9oP7stXCY52XkF_cB0clrqAdDRt3TtvzLMTdX6-57rn9ZFHhuiD-c7nQJyGbfOgGo8aUcLzZMmjd5rmxH-4oIOKJ5dTNWIgDyk9AXt__Adzvo/s400/Eduluz1.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É sempre muito louco pensar que a viela de roda já existia há séculos antes mesmo do Brasil ser "descoberto". Mais louco ainda é saber que apenas agora esses instrumentos estão começando a aparecer por aqui, sendo feitos pelas mãos de brasileiros. O post de hoje é sobre mais um deles: Eduardo Luz, de Osasco, São Paulo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEtck-fh-dNFRA7AyM1cpdw3h0VMbVC6YVl0xDUPsJ6tvFHTBo9qtkXbsUMTDB_4n_l11ALqd_zG74xOwRypH_oWavAoYLpBuXgMCpnfdDf4XlGsuPpUPw3OkRTRvvdo5atghUZ6-MlQE/s1600/Ateliaredu.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="900" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEtck-fh-dNFRA7AyM1cpdw3h0VMbVC6YVl0xDUPsJ6tvFHTBo9qtkXbsUMTDB_4n_l11ALqd_zG74xOwRypH_oWavAoYLpBuXgMCpnfdDf4XlGsuPpUPw3OkRTRvvdo5atghUZ6-MlQE/s320/Ateliaredu.JPG" width="179" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Atelier do Edu, em Osasco</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Eduardo trabalha como luthier de guitarras e baixos desde 2012; e tem como objetivo a ideia de expor a beleza e a sonoridade das madeiras nacionais. Descobriu nosso amado instrumento assim, do nada, como a maioria de nós. Graças ao César Augusto Santos (que não surpreendentemente) estava com dificuldades de conseguir um instrumente, Eduardo pôde não apenas ouvir falar, como também receber uma planta e uma série de informações técnicas para que um gurdy fosse construído. Loucura, né?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv3IJCDEkz1C_ZhFU1SvJUd5ncZ2z6xD0Or7WtLaCv3e1IsZKsthzeY6JEefPuRtTJ4zB_HHRWnUeGlhYop3V8mGJAt0oMf0CKd-qQDzbr5CI6ek-3gZsNBpNJ-F3XqLpHTX073wtDw8E/s1600/Eduluz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1280" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv3IJCDEkz1C_ZhFU1SvJUd5ncZ2z6xD0Or7WtLaCv3e1IsZKsthzeY6JEefPuRtTJ4zB_HHRWnUeGlhYop3V8mGJAt0oMf0CKd-qQDzbr5CI6ek-3gZsNBpNJ-F3XqLpHTX073wtDw8E/s320/Eduluz.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Eduardo Luz, eu e César Augusto. Gravação de um vídeo.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Após ter feito este primeiro instrumento, Eduardo tomou como base estética o modelo Henri III e construiu o instrumento que ele batizou de Tulip; com duas oitavas, dois trompettes, dois bordões e duas cordas melódicas. Esse primeiro instrumento foi adquirido por André Maziero, em São Paulo capital.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais alguns gurdies foram feitos - o segundo Tulip e um outro instrumento - e hoje ao que parece oito já foram feitos e entregues, se não me engano. Vou deixando ao longo do post algumas das fotos que estão na <a href="https://www.facebook.com/elzguitars/">página do Edu</a> no Facebook. Um trabalho bem bacana e um esforço legítimo e relevante para a história do instrumento aqui no Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAooQWep1r7VBvVrZfWMAsIPsU8xcPrmbxT-k8gC68_cuQv5GangyJ7SFfUCstMJt7i5ig5fK3xUUqEP6-T25FuhiVYhn5z680u17XSNfudnnOT41hbT-T74TSp31558lXqxSKl9j8aU4/s1600/edugurdy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="773" data-original-width="930" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAooQWep1r7VBvVrZfWMAsIPsU8xcPrmbxT-k8gC68_cuQv5GangyJ7SFfUCstMJt7i5ig5fK3xUUqEP6-T25FuhiVYhn5z680u17XSNfudnnOT41hbT-T74TSp31558lXqxSKl9j8aU4/s320/edugurdy.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou escrevendo esse post alguns dias após meu retorno de Osasco, onde estive para dar uma olhada nos instrumentos do Edu, gravar uns vídeos com um gurdy dele e ainda gravar um vídeo/papo com ele e o César, pessoa responsável por levar uma planta de viela de roda ao Edu. César está se preparando para lançar o primeiro canal brasileiro no youtube dedicado ao instrumento, algo que também precisamos. Ao que parece nosso vídeo será o primeiro do canal, estou animadíssimo! Com certeza vai ser uma fonte maneira de informações para os entusiastas do gurdy aqui do Brasil.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicfuvwVRZwfZbxqxJ3mueuVig_Kv2LmnFwn3bPVGSt7JMCg9mPubbwJWrCoA58jp715GeMX8vfNdH19YvZvjYmRncWfaJ8ppdkdFV5yC7AE3zJYuRqqLNDEVvQRd7ohVw4hnMEi7pR228/s1600/edugurdy3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicfuvwVRZwfZbxqxJ3mueuVig_Kv2LmnFwn3bPVGSt7JMCg9mPubbwJWrCoA58jp715GeMX8vfNdH19YvZvjYmRncWfaJ8ppdkdFV5yC7AE3zJYuRqqLNDEVvQRd7ohVw4hnMEi7pR228/s200/edugurdy3.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Beleza, Rique, mas e aí? E o gurdy desse cara, o que você achou? </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
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Eu não vou negar que a diferença entre nosso trabalho aqui no Brasil e o trabalho dos gigantes lá de fora ainda é grande, não podemos fugir disso. Mas isso é apenas natural, uma vez que lá fora temos profissionais que vivem e respiram essa arte há muitos anos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, nem todo mundo está disposto (ou na real pode) pagar milhares de euros ou dólares num instrumento - fora a importação ou a necessidade de ir ATÉ LÁ FORA buscá-lo. E vale lembrar que o Edu não é um vielista e caiu de paraquedas nesse mundo - e já acertando em vários aspectos. Isso me enche de certeza de que seus instrumentos só vão melhorar com o tempo, o feedback de seus clientes e o estudo dessa verdadeira arte quase hermética que é construir vielas de roda. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>DITO ISSO</b>, eu devo dizer que o meu parecer é mais positivo que negativo. Gostei especialmente do teclado no que diz respeito à precisão e afinação das notas mais agudas - um problema em quase todos os gurdies - e do som das cantoras em uníssono. Achei as teclas bem macias, fáceis de tocar. Parte do meu estranhamento está no fato de eu estar acostumado com outro instrumento, que tem tangentes (as pecinhas acionadas pelas teclas, que batem na corda) que não são de madeira e isso também conta. Não tive tanto tempo para me familiarizar com a viela do Edu, que aliás pretende experimentar outros tipos de cordas, tangentes e materiais; coisas que fazem toda diferença. Eu acho que ele está no caminho correto; e hoje, aqui no Brasil, ele foi o que mais acertou em termos de construção. (na verdade ele e o Johnny Almeida, sobre quem escrevi <a href="http://vielanobrasil.blogspot.com/2018/01/jhonny-almeida-e-o-tekero-brasileiro.html">aqui</a>)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9ijXaCgGsrWXdKwmTCuRspjvug2U_08WFBCCa2L6z78cuocoMQ7NZmlrZ860s0vfvADPDbO5ClPP0Phjnr8JDwnRqgTa0XKjBIiSg_QchxU8ytMunYchFsBgScYFAYNyPvNS4POhoWwA/s1600/edugurdy4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9ijXaCgGsrWXdKwmTCuRspjvug2U_08WFBCCa2L6z78cuocoMQ7NZmlrZ860s0vfvADPDbO5ClPP0Phjnr8JDwnRqgTa0XKjBIiSg_QchxU8ytMunYchFsBgScYFAYNyPvNS4POhoWwA/s320/edugurdy4.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outro fator importante a ser levado em conta é a dificuldade de manutenção do instrumento. Isso é algo muito sério, e devemos ter isso em mente mesmo ANTES de adquirir QUALQUER instrumento, seja de qual procedência for. Não adianta pegar uma viela de roda de 15.000 euros se você não tiver a paciência e sensibilidade para lidar com a eterna equação que é trabalhar a quantidade de algodão nas cordas, a resina na roda, a pressão das cordas etc (ontem mesmo passei HORAS lidando com essa porra risos pardon my French). Essas são coisas que talvez pesem um pouco para quem nunca teve contato com o instrumento e vai desembolsar uma grana para "ver qual é". </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente o fato é que a viela de roda não é algo fácil de se construir, e não é apenas pegar o instrumento e sair tocando. Leva-se algum tempo até a coisa começar a andar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Paciência, calma e determinação são fundamentais.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtxwuEDpg9e1TWpgoWEJro2HuizpfUPdI31SdoaKfxGZGDroEWpWoXeoNp8cRhdigeIHINshSouEWgWTLWqBJwrcETRMo4-eMEtumL2spfu7XG7YgDk5X_ZiOn3H_tHJ91QpvPtuRX9m4/s1600/edugurdy2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="677" data-original-width="960" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtxwuEDpg9e1TWpgoWEJro2HuizpfUPdI31SdoaKfxGZGDroEWpWoXeoNp8cRhdigeIHINshSouEWgWTLWqBJwrcETRMo4-eMEtumL2spfu7XG7YgDk5X_ZiOn3H_tHJ91QpvPtuRX9m4/s320/edugurdy2.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
No mais, poder tocar um gurdy brasileiro, dar um feedback voltado pro Edu - visando o futuro de seu trabalho - e poder trocar ideia com gente que ama esse instrumento tanto quanto eu foi incrível. Eu fico muito feliz em ajudar quem quer que seja que esteja contribuindo para o mundo desse instrumento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E literalmente retornei ao Rio com a garganta doendo de tanto falar.=D</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Deixo aqui meu agradecimento e meu abraço apertado ao Edu Luz, ao César e ao Walmir, tão atencioso em seu estúdio. Foi um dia muito especial. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até logo, com mais novidades!</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "segoe ui" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; font-family: "helvetica neue" , "segoe ui" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "helvetica neue" , "segoe ui" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; font-family: "helvetica neue" , "segoe ui" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
</span>Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-55146706244380703632018-08-07T21:42:00.004-04:002018-08-07T21:44:58.701-04:00Festival Conexões Musicais 2018 - UFF<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5hBzMkccASbPOttTdhReawo08341QG7sCaVThAeCnoIQS0DFsIuRDE0mwDSglTwrnIzFsNRL9EgiZnEnJSlqaImcnnIz9IpXzSNhSV2R3dvsLbwUtjgkz0NNdzHfK4miV0AZKDhSz-H4/s1600/IMG_20180726_174725173.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5hBzMkccASbPOttTdhReawo08341QG7sCaVThAeCnoIQS0DFsIuRDE0mwDSglTwrnIzFsNRL9EgiZnEnJSlqaImcnnIz9IpXzSNhSV2R3dvsLbwUtjgkz0NNdzHfK4miV0AZKDhSz-H4/s400/IMG_20180726_174725173.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Wings & Horns ao vivo, pela primeira vez. Vítor Freitas na Harpa.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="text-align: justify;">Se há seis meses alguém me dissesse que eu encararia um palco sozinho (ainda mais num festival cheio de músicos) eu não acreditaria. Já acharia suficientemente surreal conceber que lançaria uma música... Mas tudo isso rolou, sim. Com direito ao o concerto (ou show?) em questão; e foi incrível passar por isso. Mais que sair da minha zona de conforto; mais que apresentar parte do meu mundo para pessoas tão variadas, o que eu realmente levo do Festival Conexões Musicais são lições que aprendi sobre mim, sobre minha música e sobre o que pretendo levar adiante. </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeOES_5NTnBi7jxe3XN_cQPDauq8PrxTZpWjw5B6M515jGkJT3eWdmiVvhWiyf_Tgu_Lwj9KreoQXGSdqnnB_XbvYUF5z3_fuWh52i8ZWY40tCImGdoFgNNpEi5_xYzfXFD8-UWjKwhmw/s1600/IMG_20180726_181613771_BURST000_COVER_TOP.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeOES_5NTnBi7jxe3XN_cQPDauq8PrxTZpWjw5B6M515jGkJT3eWdmiVvhWiyf_Tgu_Lwj9KreoQXGSdqnnB_XbvYUF5z3_fuWh52i8ZWY40tCImGdoFgNNpEi5_xYzfXFD8-UWjKwhmw/s200/IMG_20180726_181613771_BURST000_COVER_TOP.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Ano passado eu já havia tido o prazer de ir "busking" pelos jardins da reitoria da Universidade Federal Fluminense, na feira medieval que fecha o Festival Conexões Musicais. Fui de enxerido, mais porque no ano anterior havia rolado uma viela e eu não pude estar lá. Foi esse simples ato que me trouxe de volta aos jardins da UFF - dessa vez em cima do palco - para (re) ver tanta gente legal e tocar viela para um público extremamente musical e aberto ao novo, ainda que revestido de instrumento milenar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQEgsyYMyYucoeaaKs2QTz1gI3ssO5NIpBdbJgAY9cP2J4i5aYKiH1elZC5YSR7DGaNjBdbvMbQPkNMzrhGV5EN4yzImRGyjRXxZjX5mupqic10Wv7zk_o5qGVwBK2lou7MmcUXkmzFlk/s1600/IMG_20180729_152321008_HDR.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQEgsyYMyYucoeaaKs2QTz1gI3ssO5NIpBdbJgAY9cP2J4i5aYKiH1elZC5YSR7DGaNjBdbvMbQPkNMzrhGV5EN4yzImRGyjRXxZjX5mupqic10Wv7zk_o5qGVwBK2lou7MmcUXkmzFlk/s320/IMG_20180729_152321008_HDR.jpg" width="240" /></a>Contei com o auxílio, a paciência e o talento de Vítor Freitas, harpista aluno da UFRJ que há meses vem me ouvindo e gentilmente se abrindo às minhas ideias musicais. Foi um verdadeiro privilégio ensaiar, trocar ideia e evidentemente me apresentar ao lado de um harpista. Ainda mais um harpista que já se tornou um querido amigo, com quem posso contar. Fica meu agradecimento, querido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passado a tensão do show da quinta, me restou apenas aproveitar a delícia que foi a feira medieval de encerramento do festival, também nos jardins da reitoria. Além do público de sempre (vocês sabem quem vocês são!=]) pude divulgar meu instrumento para mais pessoas ainda, distribuir cartões e pasmem, conhecer outro vielista! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Johnny Almeida apareceu por lá com o tekerö húngaro - brasileiro, na real, já que ele mesmo o construiu - e me deixou tirar um som muito legal ao seu lado. Sorte de quem estava lá e mal sabia da raridade que é ver duas vielas tocando juntas por aqui... Ainda mais uma delas sendo brasileira. Fica também meu agradecimento ao Johnny por ter aparecido e ter sido tão gentil!</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-Tep9IttBxnsinsfv6IGHO9VJCRTDuQvh9C8W-JSI1EpnLqm0GrFNK7hMmGJ7W7EDHWcmafF5qsUSooisGyj2uPsooO7ul07uhZ0ePwRSLxHFMmwSOiUMx04jaSW5GCe0M1uZ4u6bpek/s1600/IMG_2823.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1358" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-Tep9IttBxnsinsfv6IGHO9VJCRTDuQvh9C8W-JSI1EpnLqm0GrFNK7hMmGJ7W7EDHWcmafF5qsUSooisGyj2uPsooO7ul07uhZ0ePwRSLxHFMmwSOiUMx04jaSW5GCe0M1uZ4u6bpek/s320/IMG_2823.jpg" width="271" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O processo de gravação de Wings & Horns segue estável, e com toda a magia envolvida em algo assim eu não poderia iniciar meu segundo semestre de forma melhor, por isso deixo aqui mais agradecimentos:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao Deivison Branco, pelo convite para o festival; ao Bebeto pela força lá no palco! Amei. Agradeço também ao Pedro Brandileone e à Kristina Augustin pela paciência nos e-mails; à Virgínia Van der Linden, sempre uma fofa e me indicando para mais pessoas antenadas na viela de roda. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigado novamente (e principalmente) ao Vítor, meu querido cristal harpista, por absolutamente tudo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que esse evento tenha sido o primeiro de muitos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
.Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-11311836901278560722018-06-25T22:39:00.001-04:002018-06-25T22:44:00.223-04:00Wings & Horns // Imaginary Music<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/7HT7J6Qc1ms/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/7HT7J6Qc1ms?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
<br />
Eu fazendo música - aos olhos dos outros - sempre foi algo em grupo.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Comecei com um pequeno duo com meu irmão. Brincadeiras em casa, algumas canções improvisadas no violão (que eu nunca toquei, mas servia para compor minhas primeiras músicas). De cara eu já sabia, muito no fundo, que o que eu queria não estaria no violão. Nem na faculdade de música. Após alguns anos de conflito, no meu primeiro dia na faculdade de Letras, conheci o Dé, meu veterano. E dali vieram os felizes anos com a Lágrima Flor; uma verdadeira escola que fez eu me enxergar como músico em vez de alguém que tentava se encontrar num violino, preso entre tradições e técnicas e rótulos. Esses anos da Lágrima se mesclaram com o nascimento do Café Irlanda, outra escola. E com ela a realização inenarrável de me encontrar no meio daqueles sons que sempre haviam feito parte de mim e não conseguiam desaguar em lugar algum. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda assim, havia algo, lá no fundo. Porque ao encontrar a viela percebi que o que eu queria fazer estava além do meu instrumento; e muito além de tudo que eu havia vivido musicalmente até então. Foram anos compondo coisas que não tinham lugar em projeto algum. Ora soavam muito folk para uma banda mais pop, ora muito estranhas para um projeto <i>Irish</i>. E em vez de se dissiparem como névoa que pareciam ser, essas músicas se empilharam e ganharam força. Força essa que tanto pulsou, tanto doeu, que desabou sobre minha cabeça e aliviou meu coração. Uma avalanche coroada pela música acima.<br />
<br />
O que desaguou, desaguou aqui no meu quarto ao longo de anos. E quando a viela chegou, uma porta se abriu e muita coisa simplesmente caiu de mim. Algo fluiu. Algo preso há muito, mas muito tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu poderia dizer que esse projeto começa aqui. Ou quando gravei essa música. Ou quando à escrevi.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse projeto começou quando eu nasci; e quando peguei num violino pela primeira vez. Esse projeto nasceu quando alguém me disse que música não tinha nada a ver comigo. E quando me apresentei na frente de uma plateia pela primeira vez, orgulhoso por fazer minimamente bem algo que me salvou de tanta coisa, em tantos níveis que não cabe nem aqui dizer. Esse projeto nasceu quando desisti de um concerto de formatura porque fui sequestrado por um instrumento mais forte que eu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse projeto sou eu, sozinho, me rendendo a algo que sempre evitei: me expor sozinho. <a href="https://www.facebook.com/wingsandhornsim/">Wings & Horns</a> sou eu tentando existir, com o que funciona e o que precisa de melhora. É a coisa mais honesta que já fiz. E essas músicas estão chegando para o mundo. Sou eu virado ao avesso para qualquer pessoa ver e ouvir. </div>
<br />
Músicas que vieram de livros.<br />
Músicas que chegaram pra mim em sonho.<br />
Músicas que vieram da lua, do amanhecer, dos amores - do amor - e das histórias que nem eu sabia que sabia.<br />
<br />
Da luz e da sombra.<br />
<br />
Daquilo que mais amamos em nós; assim como que daqueles cantos imperfeitos que gritam por aceitação em vão.<br />
<br />
Essas músicas são espinhos e pétalas.<br />
Chifres sim;<br />
<br />
porém asas também.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyCLcvr_T31ORvIQa5kNLPvBLdAEiTGOz90iSAwcOprQAgegr1KAusqCH2FWmwz-zp5Od8_zl10WZlG-TlOLTZ46gxzUhjjNYw6aUKfoPeotVd7Z5H5TpJclSjMEgbliuUJyF3HACwmDQ/s1600/Ws%2526Hs_Post.album_FB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyCLcvr_T31ORvIQa5kNLPvBLdAEiTGOz90iSAwcOprQAgegr1KAusqCH2FWmwz-zp5Od8_zl10WZlG-TlOLTZ46gxzUhjjNYw6aUKfoPeotVd7Z5H5TpJclSjMEgbliuUJyF3HACwmDQ/s400/Ws%2526Hs_Post.album_FB.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b>Paths, o primeiro single:</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b>iTunes:</b> http://hyperurl.co/wingsandhornspaths</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
E também nas seguintes plataformas: <b>Spotify, Deezer, Google Play, Napster e Claro Música</b></div>
<br />Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-81186579579888819762018-05-15T20:06:00.001-04:002018-05-15T20:11:11.319-04:00Cellar Darling no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin4HmofxUOsYuHlXSwLuw4VAFVuJYA7k7K8vMBCoZv3Wk8ePthUP8B0kDipILVMCWOeOQQFFObQinogwFZr9QAyuI8N1A1bbBd7vRjhCBAJe_l8P7_bQ73rg6CTxW0PtPKceD-QYQKt34/s1600/5DF4BB95-09AC-4BEC-BDB2-30CCDB4155AD.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin4HmofxUOsYuHlXSwLuw4VAFVuJYA7k7K8vMBCoZv3Wk8ePthUP8B0kDipILVMCWOeOQQFFObQinogwFZr9QAyuI8N1A1bbBd7vRjhCBAJe_l8P7_bQ73rg6CTxW0PtPKceD-QYQKt34/s400/5DF4BB95-09AC-4BEC-BDB2-30CCDB4155AD.JPG" width="300" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Rio de Janeiro. Teatro Rival, na Cinelândia. O camarim é o mesmo que ocupei com o Café Irlanda já duas vezes em noites de São Patrício. Tudo é familiar: o <i>backstage</i>, os corredores, o cheiro de centro da cidade na Cinelândia, com seus becos e botecos. O porém (muito bem-vindo) fica por conta da qualidade onírica do objeto que tenho em meu colo: um hurdy-gurdy branco. <i>Que sonho, dá mega pra praticar tarde da noite, </i>eu falo e ela ri concordando. O modelo é o <i>Accento</i>, construído por Sebastian Hilsmann, meu querido luthier. Por um segundo, o frio na espinha: o instrumento é colocado em outra cadeira e eu tremo só de pensar numa queda, num esbarrão.<i> Eu vivo fazendo merdas assim</i>, diz Anna, sorrindo. Eu rio desse jeito de menina desastrada - até mesmo um pouco insegura - que ela tem. O mais legal é que isso não anula a mulher magicamente <i>badass</i> que ocupa os palcos conduzindo a mágica de Cellar Darling, sua atual banda, que em menos de dois anos de surgimento trouxe um álbum maravilhoso e já tocou em diferentes países, sempre aclamados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O gurdy em questão pertence à Anna Murphy. Força criativa da natureza (título dado por seu colega de banda Merlin), Anna só fez despontar no mundo da música desde o dia em que caiu nos feitiços da viela de roda. O momento no camarim, entretanto, foi apenas a cereja no bolo, uma vez que nosso papo havia começado bem antes desse momento, ainda num boteco obscuro da Cinelândia. Difícil de acreditar que isso rolou, na real. Já nos falávamos mais ou menos antes - até meio que já nos cruzamos, sem que ela soubesse. Há alguns anos eu havia encomendado o Largo por uma emergência (meu gurdy na época havia quebrado, e eu estava na Suíça) e ao voltar de lá eu vi que ela também estava tocando um Largo, achei a coincidência bizarra, uma vez que fui parar no Sebastian por indicação da Tobie Miller, que é de um outro universo musical. Inclusive queria ter trocado uma ideia com Anna sobre isso no último show dela com o Eluveitie aqui no Brasil, em 2015; o que não rolou. E fora isso, sempre trocamos algumas mensagens e comments no insta. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Anna Murphy é incrivelmente gentil e inteligente; a sensação que tenho é de que tudo que ela fala sempre parece dizer mais do que ouvimos. Cheia das entrelinhas e comentários diretos e honestos (<i>the meat here is so fucking good, man</i>), Anna é de longe a artista mais pé no chão - e, na boa, ao mesmo tempo a mais etérea - com quem já conversei; e é essa incongruência maravilhosa que a torna esse furacão: a mesma pessoa que fala sobre como <i>é foda </i>juntar dinheiro depois de começar do zero para dar de entrada num instrumento, fala de um mundo abstrato de (re)cortes e melodias que vem de algum lugar muito profundo e misterioso; onde línguas se fundem e notas e histórias vem à tona. A realidade e a surrealidade se mesclam. Seus olhões azuis absorvem tudo que a gente fala, sempre atentos. Por alguns bons minutos não fazia sentido ela estar sentada ali na cinelândia com os rapazes da banda. E foi super estranhos eles irem passar som ALI NO RIVAL e ela ficar ali comigo <i>chatting over caipirinhas</i>. 2018 realmente veio cheio das surpresas.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigD82SbUE0PLfshj11KtOaz7RuSOle1ZfMo5_3Mdz0qNth2iBU1NKuHD8uwMY4mhN14nxwbReSlPa1u8ugLN_QV95f3P8hE_Xs9YT0Oo93VWMIND875Ee1WUCP2FFSL5w_DdPVpLYowIY/s1600/IMG-1684.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1400" data-original-width="1600" height="279" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigD82SbUE0PLfshj11KtOaz7RuSOle1ZfMo5_3Mdz0qNth2iBU1NKuHD8uwMY4mhN14nxwbReSlPa1u8ugLN_QV95f3P8hE_Xs9YT0Oo93VWMIND875Ee1WUCP2FFSL5w_DdPVpLYowIY/s320/IMG-1684.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Dinheiro, música, criatividade, cordas reafinadas em notas incomuns, comida, planos, medo de arriscar, caipirinhas e bagagens de mão foram alguns dos tópicos que contemplamos em nossa conversa. Murphy fala como o próximo álbum de sua banda vai ter muito mais viela de roda, um instrumento para o qual ela sente em algum nível que sua música não é feita. Comentário para o qual rebati um alto e sonoro WHAT. Como assim, sabe? Mas Anna não desaponta e reafirma: <i>o primeiro álbum foi muito tímido. Nesse viremos com força total.</i> Vibro.<br />
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É muito bom entrar em contato com a fonte de tanta magia. Magia essa que encantou cada pessoa que estava no Teatro Rival ontem. Da primeira nota na guitarra de Ivo em Black Moon à ultima notinha de Challenge, todos foram sugados pela roda do gurdy branco. Não adianta tentar fugir. Para mim foi uma festa, gritei sem medo de ser feliz. Nunca esperei vê-los tão cedo na vida; e o show foi uma das performances mais perfeitas que já vi - e isso vindo de alguém que já viu coisas impressionantes como sei lá, Sigur Rós. </div>
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Impossível destacar apenas uma parte, mas se eu realmente realmente precisasse eu faria uma menção honrosa à execução de Redemption, minha música favorita do álbum, canção que compensou a ausência de Hedonia, a única música do álbum cantada em alemão suíço.</div>
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Do momento em que essa galera deixou sua antiga banda ao momento que desceram do palco aqui no Rio, a trajetória deles não deve ter sido nada menos que uma tempestade de emoções. Para mim, provar um pouco de toda essa energia em um set de uma hora foi absolutamente inesquecível. Técnica impecável, presença, simpatia e uma <i>vibe</i> boa que somente artistas fazendo show no Brasil podem sentir. Cellar Darling me impressionou ainda mais. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV5cCKl7sgUc00sGBG8snNBBaYvKAkhRzAP89yxaHLONeyGKti7FH8MvxJ2FBwQkp8Hzl1TMIhon3Phf5mFMe-HZd_-8Sl9ATQNHP0P5eofX1NHGlWPbOqBdlBpgtqyqdEHwsdDz7bi5Y/s1600/IMG-1623.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1281" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV5cCKl7sgUc00sGBG8snNBBaYvKAkhRzAP89yxaHLONeyGKti7FH8MvxJ2FBwQkp8Hzl1TMIhon3Phf5mFMe-HZd_-8Sl9ATQNHP0P5eofX1NHGlWPbOqBdlBpgtqyqdEHwsdDz7bi5Y/s320/IMG-1623.JPG" width="256" /></a></div>
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Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-29989886687031425492018-05-04T21:27:00.001-04:002018-05-04T21:27:37.559-04:00Rio Harp Festival - Participação com Athy<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieHNzGu3q-sEQ6oAJPxnx2DXzGWGe3yyDbav7ZBGu8Jh21MKnL7WTgMhyphenhyphenUee9yIOfyOkmB2AHa-gLljq05I-HVlt5Dcu4VpqJ8965Eyy2XtfX9IKhMvkVHZGCRByVlXtliZyVMK-9Ambw/s1600/20180501_173133.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieHNzGu3q-sEQ6oAJPxnx2DXzGWGe3yyDbav7ZBGu8Jh21MKnL7WTgMhyphenhyphenUee9yIOfyOkmB2AHa-gLljq05I-HVlt5Dcu4VpqJ8965Eyy2XtfX9IKhMvkVHZGCRByVlXtliZyVMK-9Ambw/s400/20180501_173133.jpg" width="400" /></a></div>
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O ano é 2009. </div>
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Eu vivo e respiro meios de conseguir uma viela de roda. Banda começando, ideias, ideias e ideias. Para a galera da ~cena celta ~, naquela época ainda meio afastada e com menos opções ainda do que fazer, um pequeno oasis chega: Rio Harp Festival.</div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsmD_aKGiK9bX7shPPm7hR-PFQU7VGs4LhDrQHliBuLCUXu-rO008bcX_Sni9glBAOytsBCUvLgG_jrdi2u-M5swSsYDzx162Mr9JRcrvngz0y7JhmCL37RcugEwusNL1hf2sMHGQ-9mM/s1600/IMG_1456.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsmD_aKGiK9bX7shPPm7hR-PFQU7VGs4LhDrQHliBuLCUXu-rO008bcX_Sni9glBAOytsBCUvLgG_jrdi2u-M5swSsYDzx162Mr9JRcrvngz0y7JhmCL37RcugEwusNL1hf2sMHGQ-9mM/s320/IMG_1456.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Música e magia no único ensaio que rolou.</td></tr>
</tbody></table>
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Foi em 2009 que estive no festival pela primeira vez; e sem conhecer nada de nada, fui guiado pela minha amiga Ra para o show que atraía bastante público: Athy. </div>
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Argentino apaixonado (e vindo diretamente) pelo mundo feérico, Athy sempre causou certa comoção em seus shows devido ao seu estilo obscuro e místico, delicado e muitas vezes sensual - nesse show especificamente ele tirou a camisa risos. Sua música, de acordo com ele, está aqui para trazer mensagens de outras dimensões. Todas elas devidamente captadas por seus fãs. Piadas à parte, curti o show (também rs) e comprei minha cópia de Sabour a Tiershra, ótimo álbum, companheiro de tardes e mais tardes de pensamentos e devaneios (e de algumas consultas de tarô - don't ask).</div>
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POIS DAÍ CORTA PRA 2018</div>
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Eu às voltas na madruga sem conseguir dormir devido ao não-tão-impulsivo-porém-ainda-louco ato de começar a lançar meu projeto "solo" dou de cara com um simples flyer anunciando um show do Athy em Ilha Grande. Penso rindo <i>TAÍ, NÉ, sei lá.</i> - muito do que eu componho dialoga com os conceitos por trás do trabalho dele - arrisco e antes mesmo de 24 horas eu me deparo com:</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiJeEpaS6wniR1rb7NLvOSsriJCIX0E0wKfLEDR_-yZxfBipDhk5kaW6MjuSOSOJ72Fgeid19uHeNKaRvcu4Q6m6bkuWfwkRCgZSPTpvunY7okmoN-2x0zNLGtJ_891hYrkBMWggeVCo4/s1600/IMG-1238.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1334" data-original-width="750" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiJeEpaS6wniR1rb7NLvOSsriJCIX0E0wKfLEDR_-yZxfBipDhk5kaW6MjuSOSOJ72Fgeid19uHeNKaRvcu4Q6m6bkuWfwkRCgZSPTpvunY7okmoN-2x0zNLGtJ_891hYrkBMWggeVCo4/s400/IMG-1238.PNG" width="223" /></a></div>
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E daí a gente faz o quê? A gente sorri, aceita e finge que não está surtando. Foram alguns bons dias até essa terça-feira chegar. E toma ensaio... Mas chegou: dia 1 de maio. Beltane. <i>Suits me.</i><br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxJ_Dr2TJmtZyqLBcH2sblrz9hvi62d6gb3JU1ZtYcqKIwdtzGCoNThNqPmePj2drHX_uZbmJ_95JnyiWrIvw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>Queria apenas deixar registrado a magia que foi tocar com esse rapaz. Escolhemos pra valer apenas uma peça, mas tocamos quatro - duas das quais improvisamos. O público adorou; e foi estranhamente familiar tocar no teatro do CCBB, um lugar que tanto frequento e tanto amo.<br />
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2018 chegou randomicamente épico; e essa minha primeira empreitada vielística já deu o tom do que vem por aí: novidades que até eu particularmente ainda custo a acreditar.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwQBLPxDK0SJL6ptxKG5zz65aRc2zNX6GZPB7hHAhRKHS3dxaBfr5F1QVj9yYGgR0hqR1izJP2-MkswMxxDcootWo2LgqypKktRpwlYBNA1NKMw0s74LftytM4GS9dh4Vq0IJ8rDNPItM/s1600/20180501_182658.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwQBLPxDK0SJL6ptxKG5zz65aRc2zNX6GZPB7hHAhRKHS3dxaBfr5F1QVj9yYGgR0hqR1izJP2-MkswMxxDcootWo2LgqypKktRpwlYBNA1NKMw0s74LftytM4GS9dh4Vq0IJ8rDNPItM/s320/20180501_182658.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pós-concerto com fãs e amigos queridos.</td></tr>
</tbody></table>
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Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-29073282926778509242018-01-31T17:00:00.001-03:002018-01-31T17:01:02.623-03:00Jhonny Almeida e o Tekerö Brasileiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/xmJro5Y4AK0/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/xmJro5Y4AK0?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE0ZRF-RvtkwkbWepAMIQChW6I6t7iC1VWmQM0hNxC0Q0hxTxU3ubtOxKAt_vEeHQ2uSxemxw9Max0vKixBkSU3f_y22S2SQWJn5rl2SS7jdDQZQY2RyrzOuXiHla7W3BO0CYo8n7UsGw/s1600/tekerojhonny6.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="960" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE0ZRF-RvtkwkbWepAMIQChW6I6t7iC1VWmQM0hNxC0Q0hxTxU3ubtOxKAt_vEeHQ2uSxemxw9Max0vKixBkSU3f_y22S2SQWJn5rl2SS7jdDQZQY2RyrzOuXiHla7W3BO0CYo8n7UsGw/s320/tekerojhonny6.jpg" width="320" /></a>Há alguns meses me deparei pela primeira vez com a complicada missão de mediar uma discussão (em todos os sentidos da palavra) no Viela de Roda Brasil, nossa comunidade no Facebook. A problemática da questão é real, atual e relevante não apenas no mundo das vielas brasileiras, mas do mundo: a construção desses instrumentos. Algo que está diretamente ligado ao (im) popular preço das vielas de roda e toda a gama de questões que tais valores trazem à tona.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZPLetsB7LwW23N61dRdOBYsueGlhA1xDB9ybHaoM8bvGAVldaMPi-PBk3BJmV83oVDJJGxCVByKqPpKlHW3bbDP_rdclyVZzMsJNHjVtqYFiKZ6gj0azhqwWTneRUSZztDxSeD1nm4kI/s1600/tekerojhonny4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZPLetsB7LwW23N61dRdOBYsueGlhA1xDB9ybHaoM8bvGAVldaMPi-PBk3BJmV83oVDJJGxCVByKqPpKlHW3bbDP_rdclyVZzMsJNHjVtqYFiKZ6gj0azhqwWTneRUSZztDxSeD1nm4kI/s200/tekerojhonny4.jpg" width="200" /></a><br />
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Pois bem, a questão é eterna: desembolsar uma grana pesada para comprar um instrumento sem saber toca-lo ou pagar pouco mas ter um instrumento em que fica difícil evoluir e estudar parece nos assombrar desde sempre. A especialização de um luthier de vielas de roda é inquestionável, e eu acredito sim que, na dúvida, talvez valha mais a pena aguardar e gastar mais num instrumento mais seguramente bom para estudo.</div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDQ_ffKZjkG2SuputNZAfpVMe162Af0c0e5L6xk2ebJXtLehaJDAeCrvzgsFki2rzUlWrQEc4VQFVMR3fMnytRs2380JOOOz0b0BGqsmLN14MXLzs0L8RxKcuIuitGdPVesoNiz-nNBFY/s1600/TEKROOO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="960" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDQ_ffKZjkG2SuputNZAfpVMe162Af0c0e5L6xk2ebJXtLehaJDAeCrvzgsFki2rzUlWrQEc4VQFVMR3fMnytRs2380JOOOz0b0BGqsmLN14MXLzs0L8RxKcuIuitGdPVesoNiz-nNBFY/s320/TEKROOO.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O tekerö pronto, em toda sua glória. =)</td></tr>
</tbody></table>
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Johnny Almeida, músico e luthier de Cabo Frio, Rio de Janeiro; defende com afinco a valorização daquilo que for feito no Brasil, acreditando no encorajamento de profissionais ou amantes da arte da liuteria - e com conhecimento de causa, ok? Aprendeu muita coisa com um discípulo de seu Darinho, luthier da tradicional loja carioca O Bandolim de Ouro, um caminho que o levou a ser mestre na Oficina Escola de Luteria, em Rio das Ostras; Johnny já esteve envolvido em vários projetos diferentes, incluindo a orquestra Kuarup e o CanalizSom (utilização de PVC na confecção de instrumentos), de sua idealização. Muito, mas muito especial!</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4uB2UbwCPNQw9-1UjzWgSIhrHDTRunPzOloU0_r0EHYIgZU4jOFV2SCFqDdIYUNDFOL4BLmEIqKe_2VSyeXrBtjA0NxPlKchqW6qsUj0_sZIA_PxjQrDobmXBRwWJU5OawNH8vD0QVJs/s1600/tekerojhonny.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4uB2UbwCPNQw9-1UjzWgSIhrHDTRunPzOloU0_r0EHYIgZU4jOFV2SCFqDdIYUNDFOL4BLmEIqKe_2VSyeXrBtjA0NxPlKchqW6qsUj0_sZIA_PxjQrDobmXBRwWJU5OawNH8vD0QVJs/s320/tekerojhonny.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8ms0m7r9rJ-JKIqPX0k1djl5NfTitYXIJd7PbUZKiyzM2OvwPswlZ7Q080IY7KTLQnuex53A5J605tzydKRjGxHEJzX3ZlWZ4dF8ONiLHUZGgmCxuqPLmJDurvqXoXSMjd2TKUExcnKY/s1600/tekerojhonny5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="576" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8ms0m7r9rJ-JKIqPX0k1djl5NfTitYXIJd7PbUZKiyzM2OvwPswlZ7Q080IY7KTLQnuex53A5J605tzydKRjGxHEJzX3ZlWZ4dF8ONiLHUZGgmCxuqPLmJDurvqXoXSMjd2TKUExcnKY/s320/tekerojhonny5.jpg" width="192" /></a>A grande questão é que Johnny, como todos nós, se apaixonou em algum momento por instrumentos antigos e/ou tradicionais (ele também toca gaita de foles e digeridoo) e também se aáixonou à primeira vista pela viela de roda húngara, o tekerö - e o fez assistindo a uma apresentação do Pablo Lerner (argentino. tocando música nordestina. na viela húngara (!) e teve sua ajuda (incluindo seu tekerö) para construir aquela que eu acredito ser a primeira de muitas vielas. Acho fundamental notarmos que o Jhonny já tinha experiência na confecção de instrumentos e contou com a belíssima e generosa alma do Pablo Lerner para ter um contato com um instrumento bem acabado e proveniente de um luthier de confiança. Parabéns ao Jhonny, seu tekerö significa muito para a história do instrumento, de verdade.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É um verdadeiro presente ter alguém em nossas terras dando um passo TÃO importante no que diz respeito à viela. É necessário - fundamental na verdade - que tenhamos alguém qualificado para dar o ponta-pé inicial nessa etapa.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais sobre o Jhonny <a href="https://www.youtube.com/watch?v=hyG0_UxUNiw">aqui</a>.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-967919457760047722017-10-01T23:13:00.000-03:002017-10-01T23:13:05.987-03:00Bardow Folk - Brasília<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDKz37KVVFhRFcN1oLqcJKdzZW8iKu-QCKEd0g7QnyWOhdSjYOmWwHhUFTN3UQUJvB_Spt8UNA60Y3RxhN0DjFfIOUKnVL1VdPVs2SYpVjbJkFGE9Rvi33vxmttClnqA9mjEEBaaqACME/s1600/bardow.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="615" data-original-width="960" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDKz37KVVFhRFcN1oLqcJKdzZW8iKu-QCKEd0g7QnyWOhdSjYOmWwHhUFTN3UQUJvB_Spt8UNA60Y3RxhN0DjFfIOUKnVL1VdPVs2SYpVjbJkFGE9Rvi33vxmttClnqA9mjEEBaaqACME/s400/bardow.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
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Dando continuidade aos posts sobre novos artistas brasileiros que incorporam a viela em seus trabalhos, hoje dou voz ao Bardow Folk, projeto nascido e criado em Brasília, idealizado pelo Weivson Andrade, que foi mais que gentil em me falar sobre seu projeto tão detalhadamente que nem me dei o trabalho de escrever. simplesmente compartilhando suas palavras abaixo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/4UnWsN52q7U/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/4UnWsN52q7U?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"O Bardow é um projeto musical onde misturo diferentes segmentos artísticos com o objetivo de contar histórias. Sempre tive fascínio por História, culturas antigas, por literatura, por artes plásticas, fotografia, cinema e música. O projeto é a culminância de tudo isso dentro de um contexto onde procuro inserir o público, afim de entregar a cada um uma experiência que vá além da música em si.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tive o privilégio de morar e estudar na Irlanda, lugar pelo qual sempre fui atraído e fascinado. Estudei gaita de foles com um músico de um pub onde trabalhei, sou apaixonado pela música tradicional irlandesa. Revezava meu tempo entre o trabalho, o curso de cinema que fiz lá e as aulas de gaita. No caminho entre um compromisso e outro conheci um músico de rua que me apresentou o hurdy-gurdy. O curioso é que meses antes eu havia passado por uma experiência intrigante, mas preciso abrir um parêntese aqui para que isso seja compreendido. Quando mais jovem em um de meus delírios adolescentes em criar algo "completamente novo e extraordinário" eu imaginei e desenhei o projeto de um instrumento semelhante a um violino, mas que fosse mais simples de tocar e que o som fosse contínuo, talvez originado em uma roda ao invés do arco. Então eu desenhei algo que se parecia com a antiga máquina de costura da minha avó, cuja força motora era um dispositivo acionado pelo pé, que girava uma roda através de uma polia. Basicamente era um projeto inexequível, mas sempre tive isso na cabeça. Voltando à experiência, fiz uma viagem à Saint Malo na Normandia e me deparei pela primeira vez com o hurdy-gurdy. Foi um choque ver aquele instrumento, primeiro porque tive aquela sensação de <i>que diabos é isso?</i> misturado com a excitação de ver que como aquilo funcionava e um estranho sentimento de já conhecer aquele objeto. Não consegui falar com o instrumentista pois ele só falava francês e eu não entendi uma vírgula do que disse. Bem, quando então na rua Grafton em Dublin eu tive acesso à um hurdy-gurdy e consegui me comunicar com o instrumentista, foi amor à primeira vista. Passei a trocar tempo com o instrumento, e algumas dicas e porque não dizer aulas do instrumentista, por um bom papo, café, muffins e as vezes refeições completas que fazíamos no Stephen's Green Park que ficava perto dali. Aos poucos fui me habituando com o instrumento e desenvolvi uma paixão inexplicável. Aos poucos também fui perdendo contato com o instrumentista até que voltei ao Brasil. A ideia para o criar o Projeto Bardow já estava na mente, mas o acesso à instrumentos de qualidade aqui era quase inexistente. Acabei por gastar muito do meu tempo enquanto músico na cena Rock n Roll de Brasília que é bem movimentada, mas era tudo o que eu podia fazer enquanto músico. Quando então em meados de 2016 uma amiga americana disse que havia me enviado um presente. Ela sabia da minha paixão pelo instrumento. Ela não conhece absolutamente nada sobre o instrumento apenas viu um e resolveu me presentear. Quando descobri o que ela havia postado fiquei feliz pela atitude mas triste por saber que um bom instrumento estaria muito além do que alguém como ela gastaria para presentear alguém como eu. Mas esperei ansioso pela chegada. Quando chegou minhas expectativas sobre a qualidade do instrumento se confirmaram. Era rústico, despretensioso, e faltou muito carinho no acabamento. Ele ficou parado algumas semanas, não consegui tirar qualquer som perto de algo que não fosse no mínimo irritante. Daí resolvi criar coragem de arriscar destruí-lo tentando deixa-lo ao menos funcional. E deu certo! Desmontei, tratei a madeira, mudei as cordas, desempenei a roda, ajustei as tangentes montei e consegui que ele desse um som quase satisfatório. Sobrava harmônicos ainda, mas consegui amenizar com as cordas de tripa e um algodão mais espesso. Pronto, era o que eu tinha em mãos para começar a colocar o projeto em prática, e desde então tento tocar o Bardow com o que tenho. Sonho em ter condições, em algum momento, de comprar um bom instrumento. Até lá vou me virando. Namorei por meses a viela da Raine Holtz quando ela anunciou... mas um dia chego lá!"</div>
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<br /></div>
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Muitíssimo obrigado ao Weivson, que história fantástica. Muita sorte e sucesso! E viela de roda, é claro. =)</div>
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Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-8247561103729409502017-07-31T21:11:00.000-04:002017-08-01T20:28:28.132-04:00Feira Medieval UFF - Niterói - RJ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnQ-A6uIz6BPog2LhNpUyWmf938frdOQa9lVY4bcCBCSnzAdzajVaxiz2yPYzqM4IGODS28lKA1uw4KvZobnFm2R5Es1NkBJB-caWztAFGG9RfiHKNzJb5VW8tdAwoHbTaGHI725s0uFg/s1600/uff20172.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="613" data-original-width="460" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnQ-A6uIz6BPog2LhNpUyWmf938frdOQa9lVY4bcCBCSnzAdzajVaxiz2yPYzqM4IGODS28lKA1uw4KvZobnFm2R5Es1NkBJB-caWztAFGG9RfiHKNzJb5VW8tdAwoHbTaGHI725s0uFg/s320/uff20172.JPG" width="240" /></a></div>
<br />
- Mas é feio, o bichinho! Meu deus!<br />
<br />
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Eu já estava há algumas poucas horas tocando minha viela embaixo de uma árvore quando ele chegou. Virei para o lado já rindo em alto e bom som, sabendo que não se tratava de apenas mais um entusiasta da cultura medieval passando pelo jardim da reitoria da UFF, pronto para ouvir música antiga e provar hidromel. Ele ali, de cara, já era meu espectador mais ilustre. Incrédulo, num misto de pena, admiração e curiosidade. <i>Ah, agora ele tá ali ó, no disérto, andando cus camelo</i>, disse ao ouvir a menor harmônica. Nessas horas meu sorriso brota mais fácil que ao ver dinheiro caindo no meu case.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKF8oEKQjgyCN4YXwnKhJBilVeiS5_vh-KIbjIfzyR0Eznc64bng5vOhD-OIwsVSrQ6nKzbOp8zKU6p-x2JprrTTk-9p2AVvcVRmn2tmdlaTpYuwVUzbhDgKkOGT46_VKQtGBkqF7xaQM/s1600/uff2017.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="662" data-original-width="496" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKF8oEKQjgyCN4YXwnKhJBilVeiS5_vh-KIbjIfzyR0Eznc64bng5vOhD-OIwsVSrQ6nKzbOp8zKU6p-x2JprrTTk-9p2AVvcVRmn2tmdlaTpYuwVUzbhDgKkOGT46_VKQtGBkqF7xaQM/s320/uff2017.JPG" width="239" /></a></div>
Seu modo de vida e meu instrumento tem muito mais em comum do que ele e as pessoas de forma geral imaginam. Apesar de a viela de roda ser hoje, no Brasil de 2017, um dos instrumentos mais caros de se conseguir; ela teve uma enorme parte de sua história associada a mendigos cegos, músicos itinerantes e pedintes. Dos meus visitantes na rua, os moradores dela são sempre os mais ilustres. É como se eles tivessem mais direito a ouvir a música que toco, é como se eles soubessem disso tudo. <i>Rola uma vibe</i> de reencontro que é mais forte que eu. E eles nunca falham em seus comentários, que muitas vezes fazem alusão a deus e ao mundo espiritual que as cordas da viela aparentemente evocam.</div>
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<br /></div>
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Esse foi apenas um dos momentos lindos que vivi esse domingo (22) na reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF), na feira medieval que encerrou o Festival Conexões Musicais UFF UNIRIO, que além de concertos e aulas ofereceu também tardes de palco livre para quem quisesse apresentar seu trabalho. Confesso que apesar dos meus contatos nesse meio e do fato de eu estar sempre conectado e antenado, não ouvi falar do festival e perdi absolutamente tudo que ele ofereceu, com a grata exceção da feira em questão.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxeUGqvQ4qv_6c8aoO8BzWtuHqcTEqNBiorLwYoHsj9R7IK-8uoWZGPRdllPMSyMCSvRYNTp4hOEnoD7K4PWOc4kDrFERKl4sVi2aHczHUr56Rtf1b0_vxPJdbqOtJaThH47Irgg-5H1Q/s1600/uff20173.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="613" data-original-width="817" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxeUGqvQ4qv_6c8aoO8BzWtuHqcTEqNBiorLwYoHsj9R7IK-8uoWZGPRdllPMSyMCSvRYNTp4hOEnoD7K4PWOc4kDrFERKl4sVi2aHczHUr56Rtf1b0_vxPJdbqOtJaThH47Irgg-5H1Q/s320/uff20173.JPG" width="320" /></a><br />
Apareci na reitoria da UFF por volta de 11:45 da manhã com viela nas costas, mochila e um banquinho nos braços. Meu papel esse ano seria exatamente esse: sentar embaixo de uma árvore e praticar, chamar a atenção dos transeuntes da forma mais natural possível, longe do palco e do formato de show/concerto que tanto conhecemos. O busking me proporciona uma leveza que não sei descrever. É bem especial. Sempre. Cada vez aprimoro mais a arte de tocar repetindo "viela de roda" a cada dois minutos. =)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A feira foi absolutamente linda. Barracas de artesanato temático, comidas, hidromel, vestimentas e sucos encheram o jardim de cores. E os figurinos estavam lindos demais. Consegui curtir as apresentaçãos da orsquestra do festival, do coro da UFF, do lindo dua Olam Ein Sof e o showzaÇÃO dos amigos da Banda Tailten. Todos de parabéns! De quebra, na hora da grande dança comandada pelo maravilhoso Mario Orlando (Música Antiga da UFF) o público participou e o querido <a href="https://www.youtube.com/user/MrEduardoAntonello">Eduardo Antonello</a> (multi-instrumentista que também contempla a viela) veio me arrancar da árvore para que eu desse uma forcinha com meus bordões e meu trompette. Foi divertidíssimo! Fica meu agradecimento especial a esse músico fantástico, pessoa tão gentil. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi17PNmjPj5nc2e_b__Kn2Hy8YVps58GCS3BAWTo5vdmqd850vuOCiPEd8Es2mYFy3m15CSMGb9YmSwCi11MiQocqQJS49XwBACz08CXJNtjTSnhZckRjPkBhttSJdWHX-r9W-I_7_SwyM/s1600/uff20176.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="448" data-original-width="720" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi17PNmjPj5nc2e_b__Kn2Hy8YVps58GCS3BAWTo5vdmqd850vuOCiPEd8Es2mYFy3m15CSMGb9YmSwCi11MiQocqQJS49XwBACz08CXJNtjTSnhZckRjPkBhttSJdWHX-r9W-I_7_SwyM/s400/uff20176.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois disso voltei ao meu cantinho, onde fui carinhosamente recebido pelos que ali passavam. Aproveito para agradecer à Carol Domingues, querida amiga que me obrigou a abrir o case e conseguir uma graninha extra. Amei tanto!<br />
<br />
Foi um dia realmente inesquecível. Pude dar um oi para pessoas que admiro muito como o Eduardo, o pessoal do Música Antiga (em especial a Virgínia =) ), a linda Kristina Augustin e meus amigos que apareceram por lá.<br />
<br />
Que venham os próximos anos e as próximas feiras.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxdas5Ia0jK2qClnXnGcu1tD_kRGRRP85xsa_eKRUM8M-GLxbV0gOVTGzDc2AW0l72IAxx7vujgqu_XMwtPQA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br /></div>
Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-36492201680811305812017-07-28T21:10:00.000-04:002017-07-28T21:10:21.226-04:00No Brasil: Grupo Ucelli<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv3W23ObBCrW2MZ5GTfKjAzaWNaEocTBlJty2BxGsNkxnmrXjBDb2XtZEgYCkj_ZX1TDSf6j748HB3PRPAaLA3emdfKc4EwSlTy2tqetMf-6G26ErGx1qy4lMCuTGDOE9WawGD6GRg6bw/s1600/ucelli.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv3W23ObBCrW2MZ5GTfKjAzaWNaEocTBlJty2BxGsNkxnmrXjBDb2XtZEgYCkj_ZX1TDSf6j748HB3PRPAaLA3emdfKc4EwSlTy2tqetMf-6G26ErGx1qy4lMCuTGDOE9WawGD6GRg6bw/s320/ucelli.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Dando continuidade a série de posts sobre os nossos artistas que tem feito uso da viela de roda, seguimos para Goiânia, onde o Grupo Ucelli surgiu e tem feito música antiga há alguns anos. De acordo com Beatriz Pavan, responsável pela viela de roda e pela espineta no grupo, o nome UCCELLI significa pássaros. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O grupo surgiu em 2013 a partir do interesse em se pesquisar a música medieval utilizando instrumentos cópias dos originais. O quinteto é formado por flautas doces, rabecas, percussão, voz espineta e viela de roda. E o interesse pela viela veio a partir da necessidade de incorporar ao grupo um instrumento que fizesse bordão e mesmo melodia nos arranjos das peças, que vem basicamente do "Livro vermelho de Montserat", "Camina Burana", "Canções de Santa Maria" além de obras do cancioneiro brasileiro de tradição oral.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os descobri porque em janeiro quando vielista do grupo, Beatriz, entrou em contato comigo. Ela havia recebido sua viela de roda (a famigerada viela do Ebay) e estava com problemas nos ajustes e manutenção de seu instrumento. Infelizmente não pude ajuda-la como gostaria, já que estamos em estados diferentes. De qualquer forma, pessoas, devemos sempre estar atentos a essas vielas - não custa lembrar - pois elas acabam sempre funcionando como armadilhas e podem frustrar quase que irreparavelmente alguém que dedicou tempo e dinheiro a sua compra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A boa notícia é que hoje a Beatriz também possui uma symphonia (modelo medieval) contruída pelo vielista húngaro Robert Mandel. Sobre seu novo instrumento Beatriz me disse estar muito satisfeita com seu som; e acrescentou que acredita que logo logo teremos construtores de vielas por nossas terras, popularizando ainda mais o instrumento.</div>
<br />
Obrigado Beatriz pela sua atenção. Tudo de bom a você e sua nova symphonia!<br />
<br />
Vocês podem seguir o UCELLI no instagram. =)<br />
<br />
<br />Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-26910485481090013642017-07-26T22:34:00.003-04:002017-07-26T22:34:56.124-04:00Entrevista com Pablo Lerner (2017)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/eE1-zc2ffOo/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/eE1-zc2ffOo?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Há uns anos atrás eu já havia escrito sobre o Pablo <a href="http://vielanobrasil.blogspot.com.br/2014/09/no-brasil-ultimamente-1.html">aqui</a>. Recentemente encontrei essa ótima entrevista com ele conduzida em janeiro (como estava viajando eu acabei me esquecendo de postá-la). Durante seu último período aqui no Brasil, Pablo integrou o grupo Cordal com seu tekerolant (nome húngaro para a viela de roda). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Descobri recentemente que Pablo não se encontra mais em terras brasileiras, ainda assim. Deixo aqui outro vídeo sensacional que fala mais que quaisquer palavras que eu possa usar para descrever sua arte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/T6JcYi_LaQY/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/T6JcYi_LaQY?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-34761496037494509132017-07-25T18:47:00.001-04:002017-07-25T19:10:43.242-04:00No Brasil: Asa de Grilo Folk<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAHqp0SdngVSPWi1lBXN2NTBdHlA2voPSPIiE0smgvrLRWcGbdIGaaiAzUHUXgn8ANkO-mLbXm3NY5KCCOsqPRsKqU8w3El5LnMhlN498BK_JufubSVtW2qT24n1P31zAdr43ZQE9BJsI/s1600/asadegrlio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAHqp0SdngVSPWi1lBXN2NTBdHlA2voPSPIiE0smgvrLRWcGbdIGaaiAzUHUXgn8ANkO-mLbXm3NY5KCCOsqPRsKqU8w3El5LnMhlN498BK_JufubSVtW2qT24n1P31zAdr43ZQE9BJsI/s320/asadegrlio.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
É com muita alegria que escrevo esse post. Já faz algum tempo que venho reparando o surgimento de alguns novos grupos e artistas que tem incorporado a viela de roda em seus trabalhos e eu sempre na correria esqueço de lhes dedicar o devido tempo. Hoje consegui; e só queria repetir que é sempre uma surpresa feliz ver nosso instrumento ganhar cada vez mais espaço por aqui. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O post de hoje é sobre um desses grupos que eu tenho encontrado - e um com mágica já em seu nome - o Asa de Grilo Folk (como não amar esse nome?). Os conheci há alguns meses no (pasmem!) #instagram e não demorei a entrar em contato com o André. O trio então respondeu algumas perguntas sobre o projeto. Foram super solícitos, tanto que me bastou copiar e colar suas respostas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com vocês, Asa de Grilo:</div>
<br />
<br />
- <i>De onde vocês são e como o grupo surgiu? Qual a trajetória dos membros?</i><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Moramos em Chapecó, Santa Catarina. O grupo surgiu a partir de festas</div>
<div style="text-align: justify;">
medievais que fizemos aqui na região há alguns anos. No início,</div>
<div style="text-align: justify;">
juntamos alguns amigos que tinham interesse em repertório medieval e</div>
<div style="text-align: justify;">
folk para ensaiar alguns temas, com o intuito de toca-los nessas</div>
<div style="text-align: justify;">
festas. Deste grupo inicial, persistiram na proposta André e Thiago,</div>
<div style="text-align: justify;">
criando algumas músicas inspiradas na linguagem folk, medieval,</div>
<div style="text-align: justify;">
renascentista e céltica. Este ano Ricardo passou a integrar o Asa de</div>
<div style="text-align: justify;">
Grilo, que fez recentemente sua primeira apresentação.</div>
<br />
- <i>Poderia nos falar um pouco sobre a trajetória dos membros?</i><br />
<b><br /></b>
<b>André Luiz Onghero</b> - Dedica-se à música há 22 anos, compondo e tocando<br />
vários instrumentos, principalmente guitarra. Participou de várias<br />
bandas de rock, blues e folk. Desde 2007 começou com experiências e<br />
pesquisas sobre construção de instrumentos musicais medievais. No Asa<br />
de Grilo, compõe e toca violino, violão, gaita de fole, viela de roda,<br />
flauta, escaleta e percussão. Profissionalmente, atua como historiador<br />
e tem formação na área de história e educação.<br />
<b><br /></b>
<b>Thiago Cardoso de Aguiar</b> - Há cerca de 10 anos iniciou sua trajetória<br />
musical, participando de bandas de rock e heavy metal como cantor e<br />
compositor. O interesse pela cultura medieval o motivou a criar a<br />
parceria musical com o André e também a fabricar hidromel. No Asa de<br />
Grilo, além de compositor e vocalista, ele toca flauta, violão, gaita<br />
de fole, escaleta e percussão. Profissionalmente, é atendende<br />
comercial.<br />
<br />
<b>Ricardo Parizotto</b> - Participante mais recente do grupo, dedica-se ao<br />
violão há 8 anos. O interesse pela música medieval surgiu após<br />
conhecer os integrantes do grupo, onde hoje toca violão e percussão.<br />
Profissionalmente atua como professor universitário.<br />
<br />
<br />
- <i> De onde vem o nome Asa de Grilo?</i><br />
<br />
Apesar do projeto já ter alguns anos, está mostrando sua produção<br />
apenas agora em 2017. O nome também é recente e consideramos que ele<br />
representa bem a proposta sonora do grupo. Afinal de contas, o grilo é<br />
um animal que existe em todos os continentes e que é personagem do<br />
folclore de várias culturas. Além disso, é pelo raspar das asas que<br />
ele produz o seu som característico, o que meio que o transforma em um<br />
instrumentista. Então a mescla destes elementos nos motivaram a<br />
escolher Asa de Grilo como nosso nome.<br />
<br />
<br />
- <i>Como conheceram a viela de roda e como incorporaram o instrumento à</i><br />
<i>banda? Vocês mesmos a construíram?</i><br />
<br />
Eu (André) conheci a viela de roda em 2001, em um simpósio de história<br />
que aconteceu na UFF em Niterói, quando vi alguns grupos de música<br />
antiga e me interessei muito por música medieval e pelos instrumentos<br />
que eles usavam, entre os quais, a viela de roda.<br />
<br />
Em 2007 resolvemos fazer uma festa medieval e aí comecei as tentativas<br />
de fazer instrumentos. Inicialmente tentei fazer um alaúde, mas ficou<br />
algo muito tosco, o que não impediu de tentar mais algumas vezes,<br />
ainda que sem sucesso. Parti para as flautas, obtendo resultados<br />
satisfatórios. Queria também fazer gaitas de fole e vielas de roda, e<br />
fiz várias tentativas frustradas. Após muita pesquisa, em 2013 comprei<br />
um torno para madeira e as ferramentas específicas, conseguindo<br />
construir a minha primeira gaita de fole. Depois disso, continuei a<br />
produção e já fiz várias gaitas, que usamos no grupo. Em 2015, fiz uma<br />
viela de roda sem muito planejamento e que não deu muito certo, mas me<br />
ajudou muito a entender as peculiaridades do instrumento. Após certo<br />
tempo planejando, em 2016 comecei a construir esta que estou usando,<br />
ainda em caráter experimental e já identificando vários itens a<br />
aperfeiçoar nos próximos projetos. Mesmo ela sendo um instrumento a<br />
ser aperfeiçoado, não nos impediu de a usarmos, inclusive<br />
disponibilizamos alguns videos de músicas nossas tocadas com ela.<br />
<br />
- <i>O repertório de vocês é autoral?</i><br />
<br />
Sim, nosso repertório é majoritariamente autoral. Temos vários temas<br />
instrumentais e algumas canções, e, como forma de contextualização,<br />
tocamos algumas músicas medievais, renascentistas e folclóricas. Fica<br />
o convite para conhecer o nosso trabalho no <a href="https://www.youtube.com/channel/UCXoRgFbSgvEBlXKARhD9FdA">youtube</a> ou em nossa<br />
página do <a href="https://www.facebook.com/Asa-de-Grilo-Folk">facebook</a><br />
<div>
<br /></div>
<div>
_______________________________________________________________________________</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Eu sempre - sempre mesmo - fico impressionado com essa característica tão nossa quando o assunto é a viela de roda. Estamos aqui meio isolados do mundo vielístico europeu, e não são tão raras as pessoas que vem tentando construir vielas. Meus sinceros parabéns a todos vocês.<br />
<br />
E meu muitíssimo obrigado ao André e os rapazes do Asa de Grilo. Sucesso pra vocês!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-91322386327346046602017-07-14T13:51:00.001-04:002017-07-20T21:54:36.782-04:00Letícia Grockotzki e a Notação para Viela de Roda<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmQrg4-Wj0e6_ewin-tI3JV0O0KOpFE1dF3OvAUBs0fnUDHmOTWp1gMGS8v4wcEQuLNlLt_PX-u7DZb13zwrSBXug6yrYxUrj42OQN-uEfWHgN7DVIDM0ndszy7koaabtg7lMImxzaAsY/s1600/leticia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmQrg4-Wj0e6_ewin-tI3JV0O0KOpFE1dF3OvAUBs0fnUDHmOTWp1gMGS8v4wcEQuLNlLt_PX-u7DZb13zwrSBXug6yrYxUrj42OQN-uEfWHgN7DVIDM0ndszy7koaabtg7lMImxzaAsY/s320/leticia.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Letícia (com sua viela de roda), no dia da banca de seu TCC, com seu orientador (à esquerda) Professor Felipe Ribeiro e seu segundo avaliador, Professor Fabio Poletto.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
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Que o mundo da viela de roda no Brasil vem crescendo, todo mundo já sabe. A novidade deste post, na verdade, está no fato de algo muito especial ter ocorrido no âmbito acadêmico musical: a conclusão do interessantíssimo trabalho da querida Letícia Grockotzki, vielista Curitibana que acaba de se formar no Curso Superior de Composição e Regência pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Letícia é uma amiga especial, musicista de sensibilidade artística única; e já participou aqui no blog com um <a href="http://vielanobrasil.blogspot.com.br/2014/09/ultimamente-no-brasil-ii-matthias.html">relato</a> muito bacana sobre a visita do super-vielista Matthias Loibner aqui no Brasil. Sobre seu trabalho, Letícia nos diz:<br />
<br />
“<i>Quando eu precisei decidir o que eu faria em meu Trabalho de Conclusão de Curso, pensei em fazer sobre algo que eu gostasse, e que fosse útil de alguma maneira. A viela-de-roda veio em minha mente também por ser um instrumento pouco conhecido, mas que precisa ser conhecido! Por quê? Porque tem um potencial musical magnífico e uma história muito interessante para ser estudada. Então decidi escolher o modelo de trabalho teórico e, como eu precisava encaixar na minha área, decidi estudar a questão da notação para o instrumento, que se alinha com o ramo da composição.</i><br />
<i>Durante a pesquisa entrei em contato com vielistas de vários países e foi um trabalho bastante enriquecedor, pois pude reunir informações de diversos materiais e acima de tudo, aprender muito. Hoje passo para quem tiver interesse todo esse aprendizado. Não foi fácil, e acredito que ainda há muito o que melhorar. À quem ler, se tiver alguma dúvida, observação, crítica, sugestão, estou à disposição para recebe-las.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Abraço!</i><br />
<i><br /></i>
<i>Leticia Grockotzi Goularte</i>"<br />
<br /></div>
E para quem se interessar em ler o trabalho da Letícia, não pense duas vezes antes de contacta-la aqui: leticiagrots@gmail.com<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
É muito legal saber que o mundo de potencial da viela no meio musical é reconhecido e estudado por aqui. Meus sinceros parabéns a essa musicista tão especial que levou nosso querido instrumento à esfera acadêmica com seriedade e carinho mais que merecidos. Sucesso, Letícia!</div>
<br />
<br />Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-42549575122700980862017-03-27T22:08:00.000-04:002017-03-27T22:08:10.873-04:00Vielas em Estocolmo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrA5K4_ukcIMSV4yaupryLDcwts2K6UtgzCb4ULOxH15Kh7Rsdx_UKzG9adV3hKcbvF3tdsytop-OtqOx9lsEA1vBKN3YimHzpuAQoPQb_DqQObNq9_BO5nFtb5AdRfhV7qYpmgfuB4o4/s1600/IMG_2088.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrA5K4_ukcIMSV4yaupryLDcwts2K6UtgzCb4ULOxH15Kh7Rsdx_UKzG9adV3hKcbvF3tdsytop-OtqOx9lsEA1vBKN3YimHzpuAQoPQb_DqQObNq9_BO5nFtb5AdRfhV7qYpmgfuB4o4/s320/IMG_2088.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
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Juntar grana, planejar e meter o pé. #repeat</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Meus últimos anos foram basicamente isso aí: juntar cada realzinho, abrir mão de saída com amigos, deixar de assistir aquele filme cinema e deixar de comprar aquela camisa maneira... Tudo para que em janeiro, durante minhas férias, eu pudesse conciliar essa paixão que é viajar a essa loucura que é a viela de roda em minha vida. Pois bem, nessa brincadeira eu já consegui chegar em Gales, França, Suíça e Alemanha. Perrengues? Sim, sempre. Frio absurdo? Lógico. Estresse em relação ao transporte do meu instrumento? Claro. Pobreza ao retornar ao Brasil? ÓBVIO. Mas pergunta se eu me arrependo? (nope). </div>
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<br /></div>
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<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/aLkRzKH_sPA/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/aLkRzKH_sPA?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<br /></div>
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Dessa vez eu fui conscientemente mais pra cima, não deixei a vida me levar para só então eu ver quem estaria pelo país escolhido. Dessa vez eu escolhi alguém que eu venho admirando há pouco mais de dois anos; e deixei para ver o que o país teria a me oferecer quando estivesse lá. E olha, a Suécia não decepcionou. Nem Johannes.</div>
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<br /></div>
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<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/swcAwxIvYtU/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/swcAwxIvYtU?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
No mês de janeiro tive o prazer de experimentar muitas coisas pela primeira vez: viajar num navio, ver a aurora boreal, estar o mais longe possível de casa... Já a aula com alguém que eu admiro, apesar de não ser uma primeira vez, teve esse gostinho também. Digo isso porque tive a sorte de estudar com Johannes Geworkian Hellman, vielista das fantásticas bandas Symbio (na realidade um duo sanfona + viela) e Garizim (apenas responsável por dois dos melhores CD's folk que eu já tive a sorte de ouvir na vida). Eu já tenho alguma experiência com essas aulas intensivas que eu arrumo mundo afora, e se tem uma coisa que eu tento manter em mente é que a grande sacada de encontros como esse é você saber registrar e observar o que está sendo passado lá na hora para depois, em seu tempo, deixar tudo <i>sync i</i>n e trabalhar com calma. Dessa vez não foi diferente. A quantidade de informações que Johannes transbordava era realmente impressionante, cada segundo em suas aulas valeu a pena e eu terei trabalho pro resto da vida. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicDjwrWa-V4WAXIjh_u90hazDnbU2KG-ySRKRsrqzoypWQJOnDR5fL4br83OCRaLSApMzW3e6jD7Ivdwxe5z8pALtdVEAGmzyIxx1OQH4MFGYjJksaJl1uKuEPHps7IqSaLFSU4xsslPk/s1600/IMG_1815.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicDjwrWa-V4WAXIjh_u90hazDnbU2KG-ySRKRsrqzoypWQJOnDR5fL4br83OCRaLSApMzW3e6jD7Ivdwxe5z8pALtdVEAGmzyIxx1OQH4MFGYjJksaJl1uKuEPHps7IqSaLFSU4xsslPk/s320/IMG_1815.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Nosso trabalho durou duas tardes inteiras na Royal College of Music, onde Johannes fez a gentileza de agendar uma sala. Falando em gentileza, devo ressaltar que esse grande vielista não para quieto nunca, estando sempre entre gravações e shows, o que torna os espacinhos de sua agenda bem concorridos. Fora isso, Johannes estava passando por um período conturbado de sua vida devido ao falecimento de seu pai... Serei eternamente grato por ele ter tirado um pouco de seus dias, - num fim de semana, aliás - para me dar atenção. Foram dois dias que valeram por anos, tamanha bagagem que eu trouxe de volta para trabalhar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fica aqui o registro de mais um divisor de águas nessa minha estrada. </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQDgaM7-D3ncNBWuhDTd8jWWFhdVRFtfAlsm8tCNyzS3NV6ZrQpn8bHfiG2wJq54TUTDcW3wx1BKnNbEwIJywUXrCxWmiSuoKkbGNPCODeomykvYnOcAFIfIvqDJdHPpOBKNaIULhKwGw/s1600/IMG_1973.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQDgaM7-D3ncNBWuhDTd8jWWFhdVRFtfAlsm8tCNyzS3NV6ZrQpn8bHfiG2wJq54TUTDcW3wx1BKnNbEwIJywUXrCxWmiSuoKkbGNPCODeomykvYnOcAFIfIvqDJdHPpOBKNaIULhKwGw/s320/IMG_1973.jpg" width="320" /></a></div>
Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-13780383991146529752017-03-01T21:50:00.001-03:002017-03-02T21:12:26.704-03:00Em Praga: conhecendo Jiří Wehle<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgx3IOYmsNQBFec3q6KSgy3QRxYMISuESSnIFgsQ8Iw7XIopTVn7ZgydG6JVFVVLiao46b4NW_YzJI2eW1v6z-YZ2z9aTxAnnkpfVgdLQI-BYVERVZZZbatlTYjOLN4XdY-rZdf1-ayOE/s1600/IMG_0897.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgx3IOYmsNQBFec3q6KSgy3QRxYMISuESSnIFgsQ8Iw7XIopTVn7ZgydG6JVFVVLiao46b4NW_YzJI2eW1v6z-YZ2z9aTxAnnkpfVgdLQI-BYVERVZZZbatlTYjOLN4XdY-rZdf1-ayOE/s320/IMG_0897.jpg" width="240" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As coordenadas para aquele dia, mais uma vez em um inglês truncado, eram basicamente as mesmas: castelo de Praga. Desta vez, entretanto, eu possuía alguns detalhes a mais; incluindo uma ladeira, uma escadaria e uma curva. Por outro lado, a razão de minha pequena aventura havia me avisado sem dó que aquele era um dia frio e ele não ficaria até tarde em seu bom e velho canto. Tocaria menos que o normal.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8fw74OzCy-UqaFwOnR-HJsBGu54wNNEbGqE_XIDpxes6bG0QIxRj067DrJOvJoPDINUG4pAB4QtpKP0L6IrDHHuYH5Fxwoo1-5pZsIRJ-R5CWz9Zt4Nrb9YjL2Z1bt9_DAIdj1BJqJ9k/s1600/IMG_0902.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8fw74OzCy-UqaFwOnR-HJsBGu54wNNEbGqE_XIDpxes6bG0QIxRj067DrJOvJoPDINUG4pAB4QtpKP0L6IrDHHuYH5Fxwoo1-5pZsIRJ-R5CWz9Zt4Nrb9YjL2Z1bt9_DAIdj1BJqJ9k/s320/IMG_0902.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Naquele dia eu teria literalmente dia inteiro pela frente; e à noite pegaria um ônibus para Budapeste. <i>Só Deus sabe quando volto aqui</i>, eu pensei. E mesmo assim tentei me enganar numa falsa aceitação. O plano era bem simples, na real: passear pela cidade velha e fazer hora perto da rodoviária. À noite pegaria um ônibus pra Hungria e eu queria apenas relaxar. Sendo assim, subir mais uma vez o castelo de Praga envolveria algum dinheiro a mais para passagens, tempo, e sem dúvida, o risco quase mortal de mais uma vez correr por aquelas ruelas sem encontrar o bardo que há muitos anos havia me cativado em um vídeo amador gravado nas ruas de um local desconhecido por mim. O medo era grande pois no dia anterior eu já havia entrado em contato com Jiří Wehle e tentado em vão encontra-lo pelas ruelas do Castelo, sem sucesso. E doeu, viu. Amada companheira de viagens e talentosa baixista, minha querida amiga Ana só faltou me empurrar. <i>Você vá e rode aquilo tudo, temos tempo e você vai se arrepender se não encontrar esse homem.</i> Então fui. E comecei minha busca a partir de uma praça diferente. A ladeira mencionada já estava diante de mim; e a subida, com meu bom Zigfried nas costas, ficou ainda mais pesada que o esperado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWCBq9Xxc87Yy7zfadCDBGqTjfRME_eEUwHqDPb3wOrE30YjxI2Jz4l5Sw7o1JSqrHtrUSiUQbvL0zR_CgFJd4a8Xzai30sf4-c_tSK2VMkcHcz9LZ81oDqvGxWCMalfNqin8kDPzAkYo/s1600/IMG_0905.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWCBq9Xxc87Yy7zfadCDBGqTjfRME_eEUwHqDPb3wOrE30YjxI2Jz4l5Sw7o1JSqrHtrUSiUQbvL0zR_CgFJd4a8Xzai30sf4-c_tSK2VMkcHcz9LZ81oDqvGxWCMalfNqin8kDPzAkYo/s320/IMG_0905.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7qBXfgjurN9ir0yIO5XyGgu1E9x3SiIk3B2jMCjwMnO8Dl6HccjciQiLeOoAyXVg-hrpvI5b_2Jm2qESCWHyD-0IDK2doYoPOgduOli-lMnTOItMeiagUS51mtejDonPAor7gThee1EQ/s1600/IMG_0915.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7qBXfgjurN9ir0yIO5XyGgu1E9x3SiIk3B2jMCjwMnO8Dl6HccjciQiLeOoAyXVg-hrpvI5b_2Jm2qESCWHyD-0IDK2doYoPOgduOli-lMnTOItMeiagUS51mtejDonPAor7gThee1EQ/s320/IMG_0915.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Subi, subi, subi até chegar aos pés de uma escadaria. A curva à direita logo revelou uma ladeira ainda mais íngreme, cheia de turistas subindo e descendo. Arrisquei e dei alguns passos a frente. Já na metade da ladeira, lembrei do quão perdido eu sou no que diz respeito a direções e mapas e eu tive a certeza amarga de estar na rua errada, perdendo o precioso tempo que tinha para apertar a mão de um dos poucos seres humanos que ainda vivem nesse limiar estranho, com os dois pés no passado e a voz no presente, roubando mentes e mãos; cativando mais pessoas do que ele sabe. Voltei à escadaria, somente para paquerar a vitrine da loja de sorvete de absinto e dar meia volta. Se era pra estar errado, que eu seguisse o equívoco até o fim.</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwrz8KvIMsTZPdQl2icuWITKWU6efuDllSsQil1_lo4htjklFJKs10TZBvcVUbUUr6qgVG_-iubxVFZHHQl3g' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi entre uma música e outra que o tamanho da minha estupidez caiu sobre minha cabeça. Como numa cena de filme, meu fone silenciado deu lugar a uma corda levemente desafinada. Um som fraco, distante. <i>Trompette</i>. Uma voz aguda e cansada. Jiří Wehle estava mais à frente e eu gelei. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao me ver me aproximando, ele parou de tocar. Me apresentei, apertei sua mão e agradeci sua boa vontade em responder minhas mensagens. Jiří me disse que dei sorte de ter chegado a tempo, pois suas mãos já estavam bem geladas e ele queria ir embora, <i>o inverno complica tudo, </i>e ele fala com mais jovialidade que eu esperava. Me pergunto até que ponto estou conhecendo o músico, o bardo ou o personagem - nah, é bardo mesmo. rs Após um silêncio um tanto constrangedor, Jiří perguntou timidamente se o que eu tinha nas minhas costas era uma viela; e ficou bem animado ao vê-la, elogiando o acabamento e dizendo que a dele era bem mais simples. Ficamos alguns minutos trocando informações sobre luthiers que nos agradam e ele curiosamente me confessou que apesar de possuir uma viela feita por um dos melhores do mundo, ela não o satisfaz - <i>prefiro isso aqui, é muito mais alto!</i><br />
<br />
Nosso papo também passou por afinações e bordões que nos agradam, o que foi surreal porque eu esperava apenas ouvi-lo tocar e dar tchau. Foi então que senti que ele precisava tocar porque algumas pessoas estava parando em frente ao seu carrinho, o encorajei a faze-lo e coloquei algumas moedas em seu potinho, pedindo para que continuasse. Acenei, agradeci mais duas vezes e enquanto ele tocava tentei apreciar a vista da cidade ao som desse homem que sempre me inspirou. Me afastar mais que isso me pareceu impossível. Foi um dos momentos mais mágicos da minha vida. Como eu amo estar entre o presente e o passado - e quanto passado essa cidade tem, e como os sons produzidos por Jiří tem história. Os ecos estão ali para quem quiser ouvir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicquU7_YSGO7xQhYgkCDvUeXjuMZ0fNcNyA6Qr8jgua2Hm0n8-E3Kc4XUoX_SCZEjn4AEStPGEvJU34MwyR6t0g4itiX5bKVp6suWNAbgRhEUxT_SAFBhJO0hEXEZHPdK0CydK12prf9Q/s1600/IMG_0900.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicquU7_YSGO7xQhYgkCDvUeXjuMZ0fNcNyA6Qr8jgua2Hm0n8-E3Kc4XUoX_SCZEjn4AEStPGEvJU34MwyR6t0g4itiX5bKVp6suWNAbgRhEUxT_SAFBhJO0hEXEZHPdK0CydK12prf9Q/s400/IMG_0900.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após duas músicas, bastou apenas eu dar um passo na direção oposta para eu me dar conta da segunda estupidez do dia: não comprar seu disco. Volto eu, muito constrangido e tento perguntar o preço do CD em questão. Como ele não possuía troco, Jiří me ofereceu um como lembrança e eu prontamente recusei. E eu lá vou desconsiderar o trabalho de um músico de rua? Troquei meu dinheiro numa barraquinha mais acima, comprei seu CD, o agradeci imensamente e segui meu caminho com o coração pequenininho e o som de sua voz se perdendo pelas ruas.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Esse instrumento é mágico sim. Não digam o contrário.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Nunca.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzmQwM3oa-ARtgeaOE0_i4eFEYf6iSL_15MKWdxLlITMt9i5J1KCBlNbJksnPkVUEdGB38c5m_XTZ0xSxHgDg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<div>
<br /></div>
Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-70124136148958732612016-11-09T13:59:00.000-03:002016-11-09T13:59:07.370-03:00III Encontro de Vielas de Roda - São Paulo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdYlnJZeqxlnfSu9t48DhQOnwrGjUfZC4XyAqqQU5HcyBPB6oJbNwFI3ntflU9w5OQCcqFnQWGL1asy6IYJGu9X3AQBWMR4oQFkjep5Q8yooiR0VczCRm13lIak9yFaxNp4rkeSNpOt34/s1600/IMG_20161106_131259.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdYlnJZeqxlnfSu9t48DhQOnwrGjUfZC4XyAqqQU5HcyBPB6oJbNwFI3ntflU9w5OQCcqFnQWGL1asy6IYJGu9X3AQBWMR4oQFkjep5Q8yooiR0VczCRm13lIak9yFaxNp4rkeSNpOt34/s320/IMG_20161106_131259.jpg" width="275" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Inversamente proporcional ao número de vielistas no Brasil, nosso encontro esse ano foi bem menor que os anteriores. Por outro lado, foi também mais intimista: apenas quatro músicos trocando experiências, tocando músicas e desenvolvendo projetos bem legais para o futuro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A bem da verdade, nosso encontro de 2016 foi organizado super em cima da hora... E a organização desses encontros tem sido sempre complicada porque somos poucos vielistas, e nem todos vão demonstrar necessariamente vontade de participar; e dentre os interessados, um número menor ainda pode comparecer por conta de compromissos, praticidade, deslocamento etc. Bom, no fim das contas, rolou. E o Ibirapuera nos recebeu de braços aberto... Dentro do possível.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrQm-7JdG-Y8c7tDLLJ0QYbDnyrS2I4fIMrRYxJLKyzc_phepTYOLdisfq6oZxe-4GZFB3Oe_EwklI_qGWdRSEuyMy3WNUqbMt6ydQMzDe_SVLHxhsau20Qed8NFLhMWD4rsByYor1x_Y/s1600/IMG_20161106_181712.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrQm-7JdG-Y8c7tDLLJ0QYbDnyrS2I4fIMrRYxJLKyzc_phepTYOLdisfq6oZxe-4GZFB3Oe_EwklI_qGWdRSEuyMy3WNUqbMt6ydQMzDe_SVLHxhsau20Qed8NFLhMWD4rsByYor1x_Y/s320/IMG_20161106_181712.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="text-align: justify;">Escolhi o parque porque minhas experiências por lá sempre foram muito legais, de verdade. Escolhi também o local perto do planetário (que depois descobri se tratar da Oca, e não de um planetário //#Cariocas//) por ter se mostrado sempre um ambiente acolhedor, bem "família", bem leve. Dessa vez, entretanto, o local estava apenas lotado de pessoas, em sua grande maioria jovens. Bebendo. Muito. Pequei ao não lembrar que sempre fui ao Ibira em feriados, com a cidade mais vazia. </span><i style="text-align: justify;">Oh well.</i><br />
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<br /></div>
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Ficamos um pouco incomodados com a<i> vibe</i>, porque em menos de uma hora vimos (ou eu vi) uma moça dar perda total devido ao que parecia ser um coma alcoólico, duas brigas e uma pessoa rolar no chão por não conseguir andar. Foi bem tenso, mas nada que tirasse nossa atenção do que realmente importava: nossas vielas.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6DuZl9RGzyRgMDKwxMsb13GN06Gmp0rMbEh7QaDPR7fJe1Gifo9dxOqSN6SGMyzUivvqkZwlzmtNCv2HDcMS5tzdpEXcjSmZ65jTv4MVrASexy3-nwjC0O4CT6_lcdwgC828lUHD4gc/s1600/IMG-20161106-WA0032.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6DuZl9RGzyRgMDKwxMsb13GN06Gmp0rMbEh7QaDPR7fJe1Gifo9dxOqSN6SGMyzUivvqkZwlzmtNCv2HDcMS5tzdpEXcjSmZ65jTv4MVrASexy3-nwjC0O4CT6_lcdwgC828lUHD4gc/s320/IMG-20161106-WA0032.jpg" width="179" /></a>Estavam presentes nesse encontro Christian Cavalera, com seu Minuet construído pelo Mel Dorries nos EUA, Gabriel Inague e Nayane Teixeira, ambos com instrumentos feitos pelo Neil Brook, na Inglaterra. Foi absolutamente especial estar com eles e conversar tanto sobre coisas tão simples como... algodão. Poder falar de cordas, dar uma olhada rápida na técnica da mão direita, ver como cada um desenvolve seu próprio estilo (algo que torna esse instrumento algo TÃO fértil!). A verdade é que fazer planos e falar cara à cara de QUALQUER coisa relacionada ao instrumento é apenas um privilégio. Somos realmente poucos, moramos longe uns dos outros e temos muita coisa em comum.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi uma tarde especial ao lado de quem faz parte desse sonho comigo. Como a Nayane bem disse, esse encontro foi pura inspiração. E terminamos o dia com um pequeno vídeo da Bourrée à Aurore Sand, vídeo gravado após termos corrido da chuva; e vídeo esse que já rodou o mundo INTEIRO e nos trouxe comentários gentis e inspiradores diretamente da França, da Suécia, da Galícia... E do Japão. Muito legal ver que estamos fazendo um barulhinho na comunidade internacional de vielas, mostrando ao mundo que existimos e que também fazemos parte desse grupo tão singular.</div>
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Meu muitíssimo obrigado a vocês Nay, Gabi e Christian. Mil desculpas pela confusão com locais e horários. Eu tento fugir de clichês, mas esse do carioca em São Paulo me pegou legal. hahah</div>
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<br /></div>
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Beijos e até a próxima!</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/4UwLdTl86KY/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/4UwLdTl86KY?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
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Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-36866398923331789892016-11-09T13:16:00.000-03:002016-11-09T13:16:03.471-03:00Faun no Brasil OU III Encontro Nacional de Vielas OU Não sei nem por onde começar (!)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1S8GIZaRA5Aef6ljPFNJYPtgDF72tW5PUZ6ymT_a24cfgqjNe0lPxBJwM2h_xsZilxBdPX4LgrE0QKzYPockARV2Jo379v-qIUThLhPUzVPntd7PO0KaDdYn5D1JMqbReOre8nADqkJk/s1600/IMG_20161105_195645137.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1S8GIZaRA5Aef6ljPFNJYPtgDF72tW5PUZ6ymT_a24cfgqjNe0lPxBJwM2h_xsZilxBdPX4LgrE0QKzYPockARV2Jo379v-qIUThLhPUzVPntd7PO0KaDdYn5D1JMqbReOre8nADqkJk/s400/IMG_20161105_195645137.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Não sei por onde começar. Mesmo. Mas vamos pelo óbvio: Faun. No Brasil.<br />
<br />
Faun.<br />
<br />
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Para nós aqui do cantinho abaixo da linha do Equador - ou pelo menos para mim - Faun é um símbolo de muitas coisas, inclusive de uma espécie de porta para a música medieval. Um portão que nos leva diretamente ao nosso amado instrumento. Sei lá, eu realmente nunca pensei que fosse vê-los ao vivo. Muito menos no Brasil. Muito menos nas circunstâncias em que os assisti... Quando o show foi anunciado, há alguns meses, eu tinha quase uma plena certeza de que algo ia rolar e o evento seria cancelado. Eu não queria jogar minhas expectativas lá no alto.</div>
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<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt1SnyhyWZbO6xH6046KnENZzcPHLKtcpatud5wHtjrEUZ-Kor99XOOU6u6TcxkoNDIJyIthoZaLL_LIHIsEfecDT1h29ltE-smzIghUJmOcqwD9gyPEwwRexEj8Lw1YWjz6sEgDNl-qA/s1600/IMG_20161105_144607891.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt1SnyhyWZbO6xH6046KnENZzcPHLKtcpatud5wHtjrEUZ-Kor99XOOU6u6TcxkoNDIJyIthoZaLL_LIHIsEfecDT1h29ltE-smzIghUJmOcqwD9gyPEwwRexEj8Lw1YWjz6sEgDNl-qA/s320/IMG_20161105_144607891.jpg" width="180" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Olar.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Mas a gente joga mesmo, né. E já que a ideia era ter um fim de semana épico, que nós o fizéssemos direito, com direito a muita viela de roda. Daí então pensem comigo: planos para um fim de semana épico, vielas e internet funcionando. Voilà, eu já possuía o contato do Stephan, vielista do Faun, há algum tempo (o pequeno grande mundo da viela); então escrevi para ele expondo minhas intensões. Infelizmente, devido ao <i>schedule</i> louco de passagem de som e transfers tudo ficaria mais difícil. Eu já havia começado a perder minhas esperanças quando ele mesmo sugeriu de encontrar quem estivesse lá no dia do show, em algum momento entre passagem de som e o show propriamente dito. Achei maneiríssimo da parte dele, mas né...Aceitei a dificuldade de alguém que viajaria de tão longe, passando pelo trânsito de São Paulo, passando som no calor de novembro, AINDA ter que encontrar uns vielistas bocós pra trocar ideia.... Fora que, né. Levar case de instrumento para um show não é uma boa ideia se você não tem CERTEZA do que vai rolar. Enfim, pausa nessa plot.</div>
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<br /></div>
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Daqui do meu lado da situação, o evento para o encontro estava bem caído. Em parte porque nem todos vielistas iriam ao show do Faun, em parte porque não era Curitiba (existem SEIS de nós apenas lá), em parte porque eu criei o evento muito em cima da hora e nem eu sabia direito onde no Ibirapuera nos encontraríamos (prometo compensar ano que vem). Resultado: apenas eu e Gabriel Inague iríamos ao show. Nayane e Christian se reuniriam a nós no domingo, apenas para o encontro vielístico. =)<br />
<br /></div>
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<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkaoTJ6xJRQRmqZDutGb3L6hkWYHxM_pZmrcbljf3wo4ydk0LU8-K1keOCQ6Z6856DJsey8pv8U60FWiWHUxUW14BCqG4EcyySb2TnQLagZrlx3V-jv_VGpvyHb2H2LDLbbTyKfYOFSgI/s1600/IMG_20161105_163637483.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkaoTJ6xJRQRmqZDutGb3L6hkWYHxM_pZmrcbljf3wo4ydk0LU8-K1keOCQ6Z6856DJsey8pv8U60FWiWHUxUW14BCqG4EcyySb2TnQLagZrlx3V-jv_VGpvyHb2H2LDLbbTyKfYOFSgI/s400/IMG_20161105_163637483.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Já na fila para o show, o esquenta: kit-tiéte comprado, bebidinha na mão e pessoas com as mais lindas fantasias. Eu e Gabriel já havíamos aceitado que provavelmente nada rolaria. O clima já estava mágico e nós estávamos a ponto de entrar quando me surge Stephan Groth procurando não por uma garrafa d'água, não pelo produtor do show.... Mas por mim LOL. Nos apresentamos rapidamente e ele ficou levemente desapontado ao não ver nossos cases. Explicamos que não havíamos trazido as vielas porque não sabíamos se de fato o encontraríamos, mas se engana quem pensa que isso babou nosso encontro. Stephan gentilmente nos buscou lá dentro dez minutos depois e fomos ao backstage. O que seguiu foi um ótimo papo sobre a viela de roda no Brasil e na Alemanha, algumas dicas a respeito dos <i>coups de poignet</i> (técnica da mão direita) e claro, uma belíssima demonstração técnica do talento e da simpatia do Stephan.<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyHYy5V-x2Wbkuc4xzogt2Mlmpw-MbyMPVW7JUqNbzEKqpCChJtmrihS68bc7Sxr_HGP3pUF182XOYRtNPZBQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
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<br />
Serei eternamente grato a esse músico absurdo que apenas provou minha teoria sobre vielistas serem os músicos mais gentis da face da terra. Pouco depois dissemos nossos "see ya soon!" e deixamos Stephan curtir alguns dos fãs que estavam lá atrás com a gente. Só então estávamos realmente preparados para....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
... O Show.<br />
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De longe uma das tardes mais legais que já tive o prazer de vivenciar. As bandas Taberna e Taberna Folk simplesmente arrasaram. E Faun me proporcionou apenas o melhor show que já vi na vida. Um sonho realizado que superou absolutamente TODAS as minhas expectativas. Volume, técnica, ambientação, presença de palco, repertório, carisma.... A lista segue sem fim. Faun mostrou a que veio, e dentre suas muitas proezas, o realce da viela de roda no mundo dispara. Nosso encontro de vielas não poderia ter ocorrido em um fim de semana mais perfeito que esse, mas falo disso já já no próximo post.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWCKayPgFwKFz-ug9YPGwQFZMi1AuEhU0tL6_G2A38W5Jjrj51GaTAy3UotUo9Nfvsru-ilbOoilN3psl7qqQnqaYMZEYRJomIU8ArfSchxRVqmNSDlJbXmuhzXqhFyYqjsATcKYQX11M/s1600/IMG_20161105_181427964.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWCKayPgFwKFz-ug9YPGwQFZMi1AuEhU0tL6_G2A38W5Jjrj51GaTAy3UotUo9Nfvsru-ilbOoilN3psl7qqQnqaYMZEYRJomIU8ArfSchxRVqmNSDlJbXmuhzXqhFyYqjsATcKYQX11M/s320/IMG_20161105_181427964.jpg" width="180" /></a></div>
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=)</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0SXJkLPnTH52qyHBmYfW61BRamDz8KhADHgl1t6EYPpwEaL_LyaAclzScunvPXzeYYmv3Y5yFVI569HGVYvdHqaMWBI2h8bdRN5SZDrmYkaQSRV3_iu55aABRhWpdRwKN7a6OIPQWxAc/s1600/IMG-20161106-WA0007.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0SXJkLPnTH52qyHBmYfW61BRamDz8KhADHgl1t6EYPpwEaL_LyaAclzScunvPXzeYYmv3Y5yFVI569HGVYvdHqaMWBI2h8bdRN5SZDrmYkaQSRV3_iu55aABRhWpdRwKN7a6OIPQWxAc/s400/IMG-20161106-WA0007.jpg" width="400" /></a></div>
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Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-38443554983632817922016-09-26T10:53:00.001-04:002016-09-28T15:37:20.812-04:00Viela de Roda feita em São Paulo (!)<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDrJR23hevuVOFnPz4qtalrnBO-agzc77jN2fWILE4WeTIjDZ2nUOnJfFiHqvZjtMORtNK8wci0rFOnSpq1RTp5QMuAUeCrUKCLoK0weHUalFDr45PO5F2THf-3UNVg_Ro8g8W8RVKlgk/s1600/SDC10387.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDrJR23hevuVOFnPz4qtalrnBO-agzc77jN2fWILE4WeTIjDZ2nUOnJfFiHqvZjtMORtNK8wci0rFOnSpq1RTp5QMuAUeCrUKCLoK0weHUalFDr45PO5F2THf-3UNVg_Ro8g8W8RVKlgk/s320/SDC10387.JPG" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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Eu a conheci especificamente através da música galega, muitos outros a conheceram através da música antiga; alguns - aqui no Brasil, inclusive e talvez principalmente - através do folk metal e outros, basicamente lá fora, foram abduzidos pela viela por conta da música tradicional de alguns países europeus. As possibilidades que fogem a essas regras se limitam a ter ouvido "hurdy-gurdy man", do Donovan, ou ter visto a clássica participação de Nigel Eaton nos shows do Robert Plant ou da Loreena McKkennitt. Temos até um bom número de vias que nos levem ao nosso amado instrumento, ainda mais hoje em dia, com o <i>boom</i> da viela de roda <i>in all things pagan</i>. </div>
<div>
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<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, contudo, todavia, sabemos que o melhor do Brasil é o brasileiro e com a gente não há tempo ruim e toda oportunidade é uma oportunidade. Somos únicos, é justo dizer. Mas somos ainda MAIS únicos quando o assunto é a viela de roda. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pois bem: estava eu no facebook dia desses quando um rapaz me adicionou e pediu permissão para entrar no nosso Viela de Roda Brasil, nosso amado grupo virtual. Prontamente aceitei, afinal quanto mais adeptos, melhor... A surpresa foi ver, logo de cara, um monte de fotos de uma viela de roda diferente das que normalmente vemos por aí. Desconfiei e desconfiei, mas era isso mesmo, a bendita viela havia sido construída pelo rapaz em questão. Estou falando de Fernando Padilha, de Jundiaí, São Paulo,</div>
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<br /></div>
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Fernando vem de uma família do interior de São Paulo, e aprendeu a arte da liuteria com seu avô quando ainda era muito jovem. Hoje em dia é o único de sua família que ainda sabe lidar com a madeira e as ferramentas necessárias para construir instrumentos musicais. Sua paixão pela viela de roda se reflete numa história que começa em 2004 e se conclui agora em 2016, com a construção de sua primeira viela. </div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/cxCkIlBvF-s/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/cxCkIlBvF-s?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Utilizando-se de suas folgas no trabalho, Fernando levou mais ou menos cinco meses (!) para construir sua viela de roda. Levou em consideração o tempo do verniz, tempo de colagem etc. E pesquisou bastante, principalmente no que diz respeito à madeira que deveria ser utilizada. O mais impressionante em sua história, contudo, é que suas próprias medidas foram utilizadas para construir seu instrumento. E a viela que o cativou eternamente? Simplesmente a viela de um personagem da animação O Expresso Polar. A cena está aqui em cima. Isso é apenas FANTÁSTICO.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para uma primeira viela, para alguém que nunca havia visto o instrumento antes e principalmente para alguém que a viu em uma animação, o resultado é espetacular. Ainda não pude ouvir seu som, porque de acordo com Fernando ele ainda precisa encordoar sua viela, aplicar a resina na roda e claro, instalar a manivela. E sabemos que a construção de um instrumento (ainda mais da viela de roda) requer anos de aperfeiçoamento. Tanto que hoje em dia temos escolas lá fora especializadas apenas em formar luthiers de vielas e roda (alô, Galícia! Te amamos!). De qualquer forma, gente, Fernando já pisou com o pé direito no mundo da viela de roda no Brasil. É engraçado ver que o processo que estamos vivendo aqui em 2016 era muito comum na Europa lá pelos anos 60. Apesar de alguma tradição sempre ter existido, muitos luthiers começaram assim, se baseando em pinturas e esculturas, dando asas à essa paixão com suas próprias mãos porque viviam em locais afastados dos pólos tradicionais e precisaram aprender sua própria arte sozinhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Toda sorte do mundo pro Fernando. Que sua jornada seja longa e fértil, pois faltam vielas de roda aqui no Brasil; e são muitos os que tem esse sonho.</div>
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<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
Algumas fotos do processo de construção:</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZWjwtD05KHxsySszmc9dG4bms_blMRICmt8GR33_1M1dhLp20c_2p-RLk4mjsRMuSAoLbpMe_TRMU3gjWyY9jrOqEWHvXk41mIwucm9K69qlvv7bu39gtNEfTWHcGc5okxirYlB7PQUQ/s1600/SDC10321.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZWjwtD05KHxsySszmc9dG4bms_blMRICmt8GR33_1M1dhLp20c_2p-RLk4mjsRMuSAoLbpMe_TRMU3gjWyY9jrOqEWHvXk41mIwucm9K69qlvv7bu39gtNEfTWHcGc5okxirYlB7PQUQ/s320/SDC10321.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwuWK8rpF8k4AozJHiaInBuFZ910qLrKwHL9n2bqWaoeZb7NnRbotwdySfc9lh8VtRdi2fa5v3cex0dMhB9D81POM0sJKwZnZ51NLoLwH2O5tevsDUarPe9dOedDQqgUCSfn37m0lR9LM/s1600/SDC10329.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwuWK8rpF8k4AozJHiaInBuFZ910qLrKwHL9n2bqWaoeZb7NnRbotwdySfc9lh8VtRdi2fa5v3cex0dMhB9D81POM0sJKwZnZ51NLoLwH2O5tevsDUarPe9dOedDQqgUCSfn37m0lR9LM/s320/SDC10329.JPG" width="320" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqvAAp2VP_2grBz6DlRLDjlQ5GA_Nnx-M9c7NkdtEtoLQkC3Cyulf34GQuipNoBSYcSZ6HGXuQNrUxGpAXBtFZz32AcVt7VWEfJtJngdOts6ncvXdP2KlrrdlXvrnkkI6zA76HHDFZzf8/s1600/SDC10337.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqvAAp2VP_2grBz6DlRLDjlQ5GA_Nnx-M9c7NkdtEtoLQkC3Cyulf34GQuipNoBSYcSZ6HGXuQNrUxGpAXBtFZz32AcVt7VWEfJtJngdOts6ncvXdP2KlrrdlXvrnkkI6zA76HHDFZzf8/s320/SDC10337.JPG" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvvvPofUEvSQbvADgroI-9nxFNTE4iohHejadSJeb4aonIA4Ex4cey2UoQYUxwXSyxQ5hMQ_tiL9_m7Hs3tddZA0Hwd2W4Boi8ZGz96j-epPc7FoDTx68k848ZDFUblkZ5g9d76tWInUA/s1600/SDC10346.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvvvPofUEvSQbvADgroI-9nxFNTE4iohHejadSJeb4aonIA4Ex4cey2UoQYUxwXSyxQ5hMQ_tiL9_m7Hs3tddZA0Hwd2W4Boi8ZGz96j-epPc7FoDTx68k848ZDFUblkZ5g9d76tWInUA/s320/SDC10346.JPG" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6mxTCbT16YMZ6TEtboPDwwPLiVnfrxW8HxV_71ODQdb52QMYBkDZar9Om_bFgb0-tJUlsL2JQcr_CpLwlh5TjawuT6xz8MQFCNEKyIg9VIB5XpfZZzfd5R5jmjfvrRMaUfogT32uDQ_U/s1600/SDC10386.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6mxTCbT16YMZ6TEtboPDwwPLiVnfrxW8HxV_71ODQdb52QMYBkDZar9Om_bFgb0-tJUlsL2JQcr_CpLwlh5TjawuT6xz8MQFCNEKyIg9VIB5XpfZZzfd5R5jmjfvrRMaUfogT32uDQ_U/s320/SDC10386.JPG" width="320" /></a></div>
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Vielisticamente,</div>
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Rique</div>
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Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-85040141883350121002016-08-26T21:26:00.002-04:002016-08-26T21:28:29.464-04:00Ondas do Opará - Trilha sonora da novela Velho Chico<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Em fevereiro tive a felicidade imensa (e surreal) de gravar minha viela de roda na versão brasileira da cantiga medieval Ondas do Mar de Vigo, de Martim Codax (século XIII) com a talentosíssima cantora Fortuna. Na adaptação - dirigida e arranjada por ninguém menos que Tim Rescala - a donzela apaixonada não canta para ondas do mar de Vigo, mas sim para as ondas do velho Rio São Francisco, também conhecido como Opará. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/3GlnOce2C5k/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/3GlnOce2C5k?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
Vielisticamente,<br />
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RiqueRique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5689450841550375327.post-63782872216522442312016-08-16T00:44:00.001-04:002016-08-16T00:49:13.823-04:00Viela de roda à venda no Brasil (!)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7I9DbjlP1jArXFaM2FcMoQQ7h1jORfPGuKp5nYr2NMXdKRo8-UgDRLq9QN8MWrIGUZQLG4WIf0iKTbfFbxAU9QPCs5r_AQ__EXEcpxuou2YUjVXK9VkbdFEQMOwNOH7VJl8CojUtYBF0/s1600/monge4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7I9DbjlP1jArXFaM2FcMoQQ7h1jORfPGuKp5nYr2NMXdKRo8-UgDRLq9QN8MWrIGUZQLG4WIf0iKTbfFbxAU9QPCs5r_AQ__EXEcpxuou2YUjVXK9VkbdFEQMOwNOH7VJl8CojUtYBF0/s320/monge4.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Atenção, atenção!<br />
<br />
Um dos raros momentos nesse vasto cenário vielística brasileiro: temos uma viela à venda.<br />
Ninguém menos que Raine Holz - musicista curitibana que está prestes a lançar seu novo álbum, Éidolon - colocou seu lindo modelo Minuet, construído por Mel Dorries, à venda.<br />
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Segue seu anúncio:<br />
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<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">VENDE-SE HURDY-GURDY - CURITIBA</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><br /></span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">É, eu sei. Muitos de vocês vão querer me matar por isso. Eu já desisti de vendê-lo anteriormente neste ano, mas desta vez a oferta é séria. Se você tem interesse em uma viela de roda que já está aqui no Brasil, a sua chance é essa.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">Vende-se viela de roda construída em 2012 pelo luthier Mel Dorries do</span><a href="http://www.hurdygurdycrafters.com/" rel="nofollow" style="color: #365899; cursor: pointer; font-family: inherit; line-height: 19.32px; text-decoration: none;" target="_blank">www.hurdygurdycrafters.com</a><span style="line-height: 19.32px;">, o modelo entitulado "Minuet", considerado injustamente como um modelo de estudo. Embora simples, esta viela de roda é equipada com todas as ferramentas necessárias para aprender técnica e desenvolver afinidade com o instrumento, e possui um timbre alto, claro e brilhante. É atualmente a viela de roda mais barata oferecida no mercado internacional com a qualidade que o instrumento deve ter. De fato, uma peça formidável e de grande versatilidade. Esta foi minha viela por quase quatro anos, e foi usada com muito amor e dedicação. Não é um instrumento novo, mas o que você receberá se assemelhará quase que inteiramente com o que receberia de um luthier, pois trata-se de uma peça cuidada com extremo zelo... Afinal, é minha, e quem acompanha meu trabalho sabe o que ela já fez por mim.</span><span style="line-height: 19.32px;"> </span><i class="_lew" style="line-height: 19.32px;" title="Emoticon wink"><i aria-hidden="true" class="_4-k1 img sp_fM-mz8spZ1b sx_7f72ac" style="background-image: url("/rsrc.php/v2/yl/r/NtxfCiWWu4q.png"); background-position: 0px -442px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"></i><span aria-hidden="true" class="_4mcd" style="font-family: inherit; font-size: 0px;">;)</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">*****************************************************************</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">Vamos para as especificações técnicas:</span></div>
<br />
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Viela de roda construída em Padauk e Maple;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Três cordas, sendo elas 1 cantora, 1 bordão e 1 trompete;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Afinação clássica em G/C (G cantora, G bordão e C trompete);</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Duas oitavas cromáticas, cada tecla incluindo informação de nota;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Do comprimento aproximado de um violino, leve e portátil;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Tangentes de madeira ajustáveis;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Cravelhas de viola;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Chien na corda trompeta, obviamente;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Manivela em formato "S", customizada a pedido.</span></div>
<br />
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">*****************************************************************</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">Acompanha esta oferta:</span></div>
<br />
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Correia de couro Basso, para tocar de pé (o instrumento é bastante leve);</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Algodão próprio para o instrumento;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Ferramenta de madeira para afinar as cravelhas;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Bolsa de tecido com velcro feita pela esposa do luthier;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Três cravelhas extras;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">• Corda de tripa cantora, com comprimento suficiente para fazer duas cordas.</span></div>
<br />
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">*****************************************************************</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">Extra:</span></div>
<br />
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129;">•</span><span style="background-color: black;"> Case adaptado em alumínio para o instrumento, à parte (+200,00).</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">*****************************************************************</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Esta viela de roda foi adquirida em 2012, e juntamente com as fotos está um print do invoice de pagamento com o valor na época. O instrumento custou 1300 dólares, com 38 dólares da manivela customizada e 75 dólares de frete. Recebi o instrumento por correio e as taxas de alfândega excederam 3mil reais, paga no Banco do Brasil para retirar o mesmo na agência de Correio (foi um sufoco). Hoje este instrumento em seu modelo padrão é anunciado pelo luthier com o valor de 1400 dólares (conforme<a href="http://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.hurdygurdycrafters.com%2F&h=iAQE5MLS8AQEPW4FmI5bmECOTatZslSAmmp6izF6JUbNY0w&enc=AZNypD5qy4GnxmKtWQQMPukb3ZSI7jv2vNsk_Z8oFVVtlvjbchQAnY03INA4cPVqpUCs2_tVyUfQJpYoC_c4NvhW8G-lzwr502ry3a1IN1ue_TzzJg5ziW4jKhDMA_Ti0-hw8ylcY50n3AY5GD6OOY6eoEPAbTZMWZwDME0T3dZ6lw&s=1" rel="nofollow" style="cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration: none;" target="_blank">www.hurdygurdycrafters.com</a>), isto é, sem a manivela em formato de "S".</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Estou oferecendo o instrumento (SEM o case de alumínio ou frete incluso) pelo valor de R$4,800. Considere que para adquirir o mesmo instrumento pelo luthier, você terá uma fila de espera de pelos menos 4 meses, e mesmas condições de pagamento que ofereço: à vista. No entanto, se você converter o valor atual de 1400 dólares em reais, apenas o instrumento custará 4470 reais, fora a taxa de frete e a alfândega, que acredite em mim, não é só 60% do valor... Eu descobri isso comprando este instrumento. <i class="_lew" title="Emoticon wink"><i aria-hidden="true" class="_4-k1 img sp_fM-mz8spZ1b sx_7f72ac" style="background-image: url("/rsrc.php/v2/yl/r/NtxfCiWWu4q.png"); background-position: 0px -442px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"></i><span aria-hidden="true" class="_4mcd" style="font-family: inherit; font-size: 0px;">;)</span></i> Isso jogará este mesmo instrumento em valores acima de 7000 reais tranquilamente.</span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;">Este valor não é negociável. Não aceito reservas. O instrumento está em condições ótimas, e receberá um bom tratamento por mim em relação a cordas, algodão e breu antes de ser enviado. Polido, limpado e embalado devidamente. Quem me conhece, sabe do que se trata. Esta viela de roda foi por muito tempo a coisa mais importante da minha vida, e passá-la adiante só acontecerá nos mais altos graus de confiança, transparência e cuidado. Isso você pode ter certeza.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">Podem mandar inbox aqui no Facebook ou email para twraine@gmail.com para informações adicionais de compra. Se você está considerando ter uma viela de roda entregue em questão de dias para você, está aqui sua chance. Valor melhor você não encontra, isso eu garanto.</span><span style="line-height: 19.32px;"> </span><i class="_lew" style="line-height: 19.32px;" title="Emoticon wink"></i><i class="_lew" style="line-height: 19.32px;" title="Emoticon wink"><i aria-hidden="true" class="_4-k1 img sp_fM-mz8spZ1b sx_7f72ac" style="background-image: url("/rsrc.php/v2/yl/r/NtxfCiWWu4q.png"); background-position: 0px -442px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"></i><span aria-hidden="true" class="_4mcd" style="font-family: inherit; font-size: 0px;">;)</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i class="_lew" style="line-height: 19.32px;" title="Emoticon wink"><span aria-hidden="true" class="_4mcd" style="font-family: inherit; font-size: 0px;"><br /></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeJY9DZwWC2YBMRXt4iGBipZ59e5OK9_V9BQ_um6J55qzwJgJ9DZ8bsvaU_BmiQ2EGZt90gT3ueDm_nAcO6v4EdylE06fVyXKjMDICxQW__KhLF4PlucKo-Edv65hVdcTn4WUJjWkVzW0/s1600/monge1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeJY9DZwWC2YBMRXt4iGBipZ59e5OK9_V9BQ_um6J55qzwJgJ9DZ8bsvaU_BmiQ2EGZt90gT3ueDm_nAcO6v4EdylE06fVyXKjMDICxQW__KhLF4PlucKo-Edv65hVdcTn4WUJjWkVzW0/s320/monge1.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwBCtOKgQDyvv3yMlMZhrH_yN3vXkety-aNhfPylV2Th44PuiBoNX_AVqvsaNZfZ_WZSXcsDpQQEKpiExWp9leuZ59IImE9Sucg5n3Hvgj31FccVrZRhL1aMf-cCNl0uPSBxdVEtVCzgw/s1600/monge2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwBCtOKgQDyvv3yMlMZhrH_yN3vXkety-aNhfPylV2Th44PuiBoNX_AVqvsaNZfZ_WZSXcsDpQQEKpiExWp9leuZ59IImE9Sucg5n3Hvgj31FccVrZRhL1aMf-cCNl0uPSBxdVEtVCzgw/s320/monge2.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8kruCAqcFuGVaK2M7X0Ez-KVrLSZb9-XaEoIGFgfxHNWEotZsM2jEoAVLqNPIwwStdvQ25lpBuMaD6WouShJxQ5AJFV73nlrjvlduupu1Q0Uss4WbeamrRo2jZBMgSWBDWg548zSAPis/s1600/monge3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8kruCAqcFuGVaK2M7X0Ez-KVrLSZb9-XaEoIGFgfxHNWEotZsM2jEoAVLqNPIwwStdvQ25lpBuMaD6WouShJxQ5AJFV73nlrjvlduupu1Q0Uss4WbeamrRo2jZBMgSWBDWg548zSAPis/s320/monge3.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSBhz6kwiyS09eHWjzE0hpg3J3m9xSd71aqoHFGccjTQNYCkhStfvzUTW97N9wNwpktqM99DtO-Gjw40WONQ22syK1legJlMymQomPN28WfI9qF14Z-pZ9Fvc9nWEQHYGNyLsqPBDBq8s/s1600/monge4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSBhz6kwiyS09eHWjzE0hpg3J3m9xSd71aqoHFGccjTQNYCkhStfvzUTW97N9wNwpktqM99DtO-Gjw40WONQ22syK1legJlMymQomPN28WfI9qF14Z-pZ9Fvc9nWEQHYGNyLsqPBDBq8s/s320/monge4.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzXgMCUJPOsWku9Cd4OkBc2nJ_RV2E121EzwLTg1Dw-LQYEKxw5aNbNgFVi-koQTqJmjTu_TjgaAH0KI4jZqHmIXQfb2aP5mNyaX-PTRSVvJSK936pccrrfAJV17zpoqEuD4bRJ574ki8/s1600/monge5.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzXgMCUJPOsWku9Cd4OkBc2nJ_RV2E121EzwLTg1Dw-LQYEKxw5aNbNgFVi-koQTqJmjTu_TjgaAH0KI4jZqHmIXQfb2aP5mNyaX-PTRSVvJSK936pccrrfAJV17zpoqEuD4bRJ574ki8/s320/monge5.jpg" width="320" /></a></div>
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Rique Meirelleshttp://www.blogger.com/profile/01716780684127270146noreply@blogger.com7