|
O algodão ruivo é o Fox Fiber, produzido pelo Mel Dorries |
Este não é um post sobre algodão, diretamente.
Esse pacotinho chegou essa semana para mim, em boa hora, já que eu estava matando viela a grito com o algodão que estava usando por aqui. A boa alma que me enviou isso? Raine Holtz, diretamente de Curitiba. Acho que todo mundo que lê esse blog sabe o que um punhado de algodão significa para nós, então não tenho medo de dizer que estou até agora radiante com esse presente. hahaha
|
Raine abençoando o algodão que ia me enviar BRINKS
(Jantar Medieval taberna folk VI, 24/05/2014)
|
Engraçado mesmo é pensar que até alguns meses atrás eu estava sempre à procura de pautas para o blog e hoje, vejam só, existem "mil coisas" acontecendo na ~~~ cena vielística brasileira ~~~ e ao dizer mil coisas eu estou me referindo a uma só: Raine.
Eu já havia feito um post sobre o lindo trabalho do Through Waves - que vai muito bem, obrigado, lançando logo logo um novo EP - mas hoje estou aqui para falar do que esse ser iluminado vem aprontando por nossas terras, fazendo música ao vivo e mostrando a viela de roda para pessoas que nunca imaginaram sua existência.
Quando entrei em contato com Raine pela primeira vez, eu estava falando com um artista super reservado, com algumas ressalvas em relação a se apresentar ao vivo e expor seu trabalho, que teve uma origem mais terapêutia/catártica antes de qualquer pretensão mais, digamos, artística. (Ledo engano, Rainnsss)
|
And this is what I use to release the awesomeness |
Fato é que Raine hoje já é praticamente uma celebridade, constantemente filmado e fotografado em suas tardes tocando pelas ruas de Curitiba e já até participou de dois jantares medievais Taberna Folk. Quem diria, um vielista brasileiro ganhando popularidade tocando nas ruas. (!)
Raine não só tem crescido enquanto artista, mas tem o feito levando a viela de roda diretamente às ruas de sua cidade, o que é um ato tão nobre, mas tão nobre, que ninguém tem noção. Essa atitude linda já gerou bons frutos para nosso pequeno mundo, e Raine apareceu em algumas
matérias jornalísticas sobre seu trabalho e, claro, sua viela.
|
Com Luis FitzPatrick |
Além de participar de jantares medievais e de embelezar as ruas de Curitiba, Raine ultimamente tem se reunido com diferentes vielistas brasileiros, algo que só pode ocorrer de forma mais imediata lá pelas bandas dele, já que o Paraná conta com nada mais nada menos que TRÊS dos raros vielistas brasileiros. Raine andou trocando figurinhas com os outros dois (!) vielistas, que fazem parte da banda Gaiteiros do Lume (em breve um post sobre eles!), a saber, Mateus Sokolowski e Luis FitzPatrick.
|
Raine e Mateus. Dava uma dupla folk vielíestica (Y) |
Acho incrível como aquelas bandas são férteis para a viela de roda. Além de Raine, Mateus e Luis, logo contaremos com uma vielista nova também. Bom, isso é assunto para depois. Fiz esse post mais para registrar a alegria que é ver essas coisas acontecendo, música sendo feita por mais de uma viela de roda aqui no meu país. Pessoas se encontrando para tocar e trocar experiências. Isso é lindo.
Deixo aqui meu agradecimento ao Raine pelo algodão, pelo apoio e pelo carinho. E desejo sorte a esse bando de vielistas de roda jogados por aí. Continuem a divulgar nossa paixão, mostremos cada vez mais nosso instrumento lindo; e vamos abduzindo mais gente pra esse mundo nosso.
*A vielas dos Gaiteiros do Lume foram feitas por Xaime Rivas (para do Luis) e Jaime Rebollo (para o Mateus), ambas galegas. A viela tocada por Raine Holtz vem dos EUA, tendo sido construída por Mel Dorries.
Vielisticamente,
Rique