Foto do Everton Rosa |
Não é de bom tom contar para vocês, mas o segundo encontro de vielas de roda no Brasil quase não ocorreu. Não tínhamos uma data, um local e muito menos pessoas confirmando presença... Foi de última hora que minha amiga Aerith Asgard sugeriu que utilizássemos o II encontro de Folk Metal do Paraná para nos reunirmos. A ideia foi a salvação da pequena - e menor ainda na ocasião - pátria vielística.
Cheguei em Curitiba sábado pela manhã. Dividi o ônibus com minha viela e meu namorado (sim, rolaram passagens de ida e volta apenas para ela, assim evitei voar utilziando um case vagabundo por motivos de: segurança em primeiro lugar, me julguem.) e tivemos uma viagem maravilhosa.
Ficamos na casa da Raine Holtz, que conseguiu ser uma anfitriã ainda mais maravilhosa que da última vez, tendo em vista que ela sabe usar os memes da Inês Brasil. Corremos para o Largo da Ordem, hall das já tradicionais apresentações da Raine; e de quebra conhecemos o Gabriel Inague, que recentemente trouxe sua viela diretamente de Gales. Um modelo super diferente, feito com uma cabaça africana e carinhosamente apelidado hurdy-gourdy por seu inventor, Neil Brook. Foi uma tarde LINDA. Não falamos de outra coisa que não fosse a viela de roda e sua história. E nossas experiências, ideias etc etc etc.
Luis Fitzpatrick e sua zanfona. Gentileza e talento. |
Curitiba desta vez fez mais sentido para mim. Só de andar ali pelo Largo da Ordem, ver as pessoas e respirar um pouco daquele ar já foi suficiente para eu entender mais a vibe da cidade. Amei. O que também contribuiu para eu cair ainda mais de amores por Curitiba, é claro, foi aproveitar um pouco de sua noite. Tive o prazer de assistir aos Gaiteiros de Lume tocando no Fitzpatrick's Irish Pub, estabelecimento recentemente aberto pelo gaiteiro, vielista, flautista, concerti... nista (?) e cantor Luis Fitzpatrick. Que prazer. De quebra ainda tivemos uma pequena session por lá e eu tive a sorte de tocar sua zanfona galega, construída pelo Jaime Rebollo.
Luis também cedeu seu pub para o grande evento no dia seguinte, que foi um sucesso. O pub estava repleto de estandes de venda, com hidromel, artesanato, acessórios e até instrumentos vikings. O palco, que fica bem no centro do pub como uma espécie de aquário, estavas sempre acolhendo alguém. E em algum momento estávamos lá eu, Raine e Gabriel, os únicos vielistas que realmente puderam comparecer ao encontro. No fim das contas falei apenas um pouco sobre o instrumento (quem curte folk metal geralmente sabe muito bem como a viela funciona) e toquei um pouco - digo, tocamos um pouco.
Spotted |
Deixo aqui meu sincero obrigado ao Luis e sua boa vontade, aos organziadores do evento, em especial à Aerith, tão gentil e atenciosa. Deixo também um abraço aos queridos colegas de instrumento que não puderam comparecer a este encontro, em especial à Nayane Teixeira e seu Wren, que fizeram tanta falta, e também aos meninos da Mandala Folk, Mateus Solowski e Fernando Kinach. Vocês e todo mundo do nosso querido grupo do facebook fizeram falta. Ano que vem organizaremos tudo com bastante antecedência e quero ver cada um de vocês conosco.