quarta-feira, 9 de novembro de 2016

III Encontro de Vielas de Roda - São Paulo



Inversamente proporcional ao número de vielistas no Brasil, nosso encontro esse ano foi bem menor que os anteriores. Por outro lado, foi também mais intimista: apenas quatro músicos trocando experiências, tocando músicas e desenvolvendo projetos bem legais para o futuro.

A bem da verdade, nosso encontro de 2016 foi organizado super em cima da hora...  E a organização desses encontros tem sido sempre complicada porque somos poucos vielistas, e nem todos vão demonstrar necessariamente vontade de participar; e dentre os interessados, um número menor ainda pode comparecer por conta de compromissos, praticidade, deslocamento etc. Bom, no fim das contas, rolou. E o Ibirapuera nos recebeu de braços aberto... Dentro do possível.

Escolhi o parque  porque minhas experiências por lá sempre foram muito legais, de verdade. Escolhi também o local perto do planetário (que depois descobri se tratar da Oca, e não de um planetário //#Cariocas//) por ter se mostrado sempre um ambiente acolhedor, bem "família", bem leve.  Dessa vez, entretanto, o local estava apenas lotado de pessoas, em sua grande maioria jovens. Bebendo. Muito. Pequei ao não lembrar que sempre fui ao Ibira em feriados, com a cidade mais vazia. Oh well.

Ficamos um pouco incomodados com a vibe, porque em menos de uma hora vimos (ou eu vi) uma moça dar perda total devido ao que parecia ser um coma alcoólico, duas brigas e uma pessoa rolar no chão por não conseguir andar. Foi bem tenso, mas nada que tirasse nossa atenção do que realmente importava: nossas vielas.

Estavam presentes nesse encontro Christian Cavalera, com seu Minuet construído pelo Mel Dorries nos EUA, Gabriel Inague e Nayane Teixeira, ambos com instrumentos feitos pelo Neil Brook, na Inglaterra. Foi absolutamente especial estar com eles e conversar tanto sobre coisas tão simples como... algodão. Poder falar de cordas, dar uma olhada rápida na técnica da mão direita, ver como cada um desenvolve seu próprio estilo (algo que torna esse instrumento algo TÃO fértil!). A verdade é que fazer planos e falar cara à cara de QUALQUER coisa relacionada ao instrumento é apenas um privilégio. Somos realmente poucos, moramos longe uns dos outros e temos muita coisa em comum.

Foi uma tarde especial ao lado de quem faz parte desse sonho comigo. Como a Nayane bem disse, esse encontro foi pura inspiração. E terminamos o dia com um pequeno vídeo da Bourrée à Aurore Sand, vídeo gravado após termos corrido da chuva; e vídeo esse que já rodou o mundo INTEIRO e nos trouxe comentários gentis e inspiradores diretamente da França, da Suécia, da Galícia... E do Japão. Muito legal ver que estamos fazendo um barulhinho na comunidade internacional de vielas, mostrando ao mundo que existimos e que também fazemos parte desse grupo tão singular.

Meu muitíssimo obrigado a vocês Nay, Gabi e Christian. Mil desculpas pela confusão com locais e horários. Eu tento fugir de clichês, mas esse do carioca em São Paulo me pegou legal. hahah

Beijos e até a próxima!




2 comentários:

  1. Olá pessoal!
    Um amigo meu está fabricando este instrumento (ele o chama de hurdy gurdy) e procura interessados em adquirí-los.
    É possível conhecer o primeiro exemplar construído no link abaixo:
    https://www.youtube.com/watch?v=Vgy3e8mnKmE

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